TY - JOUR AU - Caio Faiad PY - 2020/12/26 Y2 - 2024/03/29 TI - Arte afro-brasileira e Química: caminhos interdisciplinares para a Educação das Relações Étnico-Raciais JF - ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação JA - ReDiPE VL - 2 IS - 2 SE - Artigos Científicos DO - UR - https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/ReDiPE/article/view/1474 AB - A partir de Johnstone (1993) avançou-se na ideia de que o ensino de Química trabalha com a interação entre os aspectos macroscópicos, submicroscópicos e simbólicos. Didaticamente, é útil distinguir três perspectivas do conhecimento químico: o fenomenológico, o teórico e o representacional (MORTIMER; MACHADO; ROMANELLI, 2000). Com essas reflexões, foi possível obter resultados melhores no processo de ensino-aprendizagem de Química. Contudo, em face às exigências curriculares postas pela Lei 10.639/03, há uma demanda de propostas didático-pedagógicas que dialoguem os pressupostos da química com as questões étnico-raciais. Dessa forma, o presente trabalho discute a articulação da arte afro-brasileira em propostas interdisciplinares que envolva Artes e Química por meio da metodologia dos estudos comparados. Foram selecionadas a instalação Divisor 2, de Ayrson Heráclito e O Badado de Toinha, do Coletivo Catarse. A seleção dessas obras se justifica na utilização do dendê como o elemental central da narrativa artística. Uma vez que o dendê já foi descrito quimicamente por Silva et al (2017), buscou-se neste trabalho enfocar como que os aspectos fenomenológicos e macroscópicos podem ser utilizados para a leituras desses instrumentos artísticos-culturais. A presente proposição se justifica pela possibilidade de contextualizar fenômenos químicos por uma perspectiva positiva da negritude e assim contribuir com o desmantelamento do epistemicídio, a faceta intelectual do racismo. ER -