Escritas do Tempo
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<div align="justify"> <p>A Revista Escritas do Tempo nasce com uma das primeiras ações do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIST) da Unifesspa, constituindo espaço especializado para publicação de artigos, dossiês, entrevistas e resenhas. Trata-se de uma revista online de <strong>acesso aberto</strong>, imediato e gratuito, com fluxo contínuo de recebimento de propostas de publicação, permitindo diferentes perspectivas de análise, sujeitos históricos, interrogações, reflexões, temas e temáticas de estudo, por diferentes ângulos teóricos e metodológicos.</p> <p><strong>Cobertura temática codificada de acordo com a classificação do CNPq:</strong><br> <br>Área principal: História<br>Qualis: B3<br>Período: 2017-2020</p> <p> </p> <p> </p> <div align="justify"> </div> </div>Unifesspa/PPGHISTpt-BREscritas do Tempo2674-7758<p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/80x15.png" alt="Licença Creative Commons"></a><br>Este obra está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>Editorial
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/2098
<p>Maria Visconti, doutoranda em História (UFMG) e coordenadora do Núcleo Brasileiro de Estudos de Nazismo e Holocausto (NEPAT) e Carlos Artur Gallo, doutor em Ciência Política (UFRGS), professor da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e coordenador do Núcleo de Pesquisa sobre Políticas de Memória (NUPPOME) são os organizadores do Dossiê De Norte a Sul, a sombra do autoritarismo e do fascismo no passado e no presente: perspectivas sobre experiências limítrofes nos séculos XX e XXI, que traz contribuições significativas à História e à historiografia sobre autoritarismos, regimes nazifascistas e suas reverberações no mundo. Cada artigo permite vislumbrar minucioso cuidado com as memórias narradas em distintos suportes, teorias e metodologias de vieses críticos e resultados analíticos surpreendentes para a historiografia.</p>Marcus Vinicius ReisErinaldo CavalcantiKarla Leandro RasckeGeovanni Gomes CabralMaria Clara Sales Carneiro Sampaio
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2023-01-052023-01-05412010310.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.0103De Norte a Sul, a sombra do autoritarismo e do fascismo no passado e no presente: perspectivas sobre experiências limítrofes nos séculos XX e XXI
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/2099
<p>A proposta de dossiê que apresentamos conjuntamente, numa parceria entre o Núcleo Brasileiro de Estudos de Nazismo e Holocausto (NEPAT) e o Núcleo de Pesquisa sobre Políticas de Memória (NUPPOME-UFPEL), pretende contribuir com a reflexão sobre os diferentes regimes de exceção e as violências que marcaram o século XX, assim como com a análise sobre seu impacto, suas permanências e reformulações no presente.</p> <p>Apesar das dificuldades que enfrentamos nos últimos anos, marcados pela escassez de recursos para as universidades públicas e pelo negacionismo que desmotivam pesquisadoras e pesquisadores em todas as regiões do país, recebemos 14 artigos para serem avaliados. A todas e todos que enviaram seus artigos para o dossiê, fica aqui registrado o nosso agradecimento.</p> <p>O resultado das urnas não resolverá todos os problemas que se acumularam no país e que se aprofundaram nos últimos anos, sobretudo devido à pandemia. A extrema direita e o fascismo não deixarão de existir de uma hora para outra. Não foi assim no passado, não será assim, agora, no tempo presente. Se o resultado das urnas não basta, que o conjunto de artigos publicados aqui nos sirva de alerta e nos mostre caminhos que poderemos percorrer se quisermos reduzir as chances de que o negacionismo avance.</p> <p>Uma boa leitura a todas e todos.</p>Maria ViscontiCarlos Artur Gallo Cabrera
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2023-01-062023-01-06412040910.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.0409O estado de exceção e a experiência da Primeira Guerra Mundial no Brasil (1917-1918)
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1943
<p>Experiência paradigmática do século XX, a Primeira Guerra Mundial foi uma guerra global, mobilizando recursos humanos e materiais de todas as partes do mundo, fossem territórios neutros, beligerantes ou seus respectivos impérios coloniais. O Brasil, em estado de guerra no fim de 1917, foi uma dessas nações e, a partir de tensões que conjugaram problemas internos e externos, o Governo declarou o estado de sítio no mesmo ano, suprimindo, assim, as garantias constitucionais. Buscamos com o presente artigo delinear o contexto da promulgação da medida, relacionando-o com o processo transnacional de totalização da guerra e a instauração do estado de exceção em outros países.</p>Fernanda Bana Arouca
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2022-12-262022-12-26412103010.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.1030Não falamos de Hitler: o silêncio da historiografia sobre o nazismo entre 1945-1960
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1942
<p>Com o fim do governo Nacional-Socialista em 1945, a Alemanha entrou em um período de reconstrução e reorganização que abrangeu todos os campos da vida social. Os primeiros anos após a Segunda Guerra foram caracterizados pela nova configuração política e pela orientação ideológica na adequação à Guerra Fria. No espaço acadêmico, esse período apresentou determinados aspectos da pesquisa do passado alemão, com repercussões políticas interferindo na forma como os historiadores analisavam e interpretavam o nazismo. O presente artigo busca observar as principais características da historiografia entre 1945 e 1960 com o objetivo de identificar a ausência de estudos sobre esse tema. Derivados da tendência em ignorar o passado recente para priorizar a reconstrução, os estudos escritos nesse período formavam uma exceção que demonstrava uma inclinação ideológica nas suas interpretações.</p>Gustavo Feital Monteiro
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2022-12-262022-12-26412315410.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.3154Rússia, Ucrânia e União europeia: a construção da memória dos regimes autoritários do século XX e os limites da “justiça de transição”
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1955
<p>Este artigo tem como objetivo refletir sobre a relação entre a memória e a justiça transicional frente ao passado dos regimes autoritários europeus do século XX. A primeira parte consiste na análise, de um lado, de um conjunto de discursos e medidas memoriais de duas ex-repúblicas soviéticas, Rússia e Ucrânia; e, de outro, da repercussão destas entre a União Europeia e entidades afins, bem como resoluções em reação ou concordância. A segunda parte defende que as interações observadas na análise anterior resultam dos limites do conceito de “justiça de transição” no espaço pós-soviético. Para tanto, reconstitui a historicidade deste através de iniciativas institucionais de revisão do passado adotas durante o período soviético, pela <em>Perestroika</em>. Com o propósito de situar historiograficamente os casos estudados, o artigo começa pelas discussões sobre regimes de historicidade e memória que os permeiam.</p>Lúcio Geller Junior
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2022-12-262022-12-26412557910.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.5579O fascismo como obscurantismo nos jornais 'O Homem Livre' e 'A Manhã': apontamentos para uma história do conceito de antifascismo no Brasil (1933-1935)
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1944
<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo tem como objetivo contribuir para a história do conceito de antifascismo no Brasil, centrando o olhar na construção semântica do fascismo que foi feita por duas organizações, a Frente Única Antifascista (1933-1934) e a Aliança Nacional Libertadora (1935). A imprensa ligada a esses grupos cumpriu um papel fundamental não só na divulgação de uma caracterização particular acerca do fascismo, como também se constituiu como espaço de sociabilidade entre intelectuais de tendências políticas diferentes. Através das páginas dos jornais O Homem Livre (1933-1934) e A Manhã (1935), é possível compreender como foi feito o uso de todo um léxico, dispondo de textos escritos, imagens e charges para colocar o perigo fascista como uma ameaça obscurantista e de retrocesso civilizacional.</span></p>Giovani Bertolazi BrazilAna María Sosa González
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2022-12-262022-12-264128010810.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.80108Os museus de memória como um conceito em aberto: política de memória simbólica, reparatória e de justiça
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1921
<p>Este trabalho procura compreender os museus de memória nos países do Cone Sul como políticas públicas de memória pelas quais os Estados procuram dar visibilidade e reconhecer as violações aos direitos humanos cometidos em seu recente passado não democrático. Em um primeiro momento, se busca delinear os museus de memória como um conceito em aberto, situando-os em uma perspectiva alargada sobre o que é um museu, sobre o patrimônio como aquilo que não é seguro esquecer, e, assim, estabelecendo-os como políticas públicas hibridas. Em um segundo momento, procura-se situar os museus de memória no Cone Sul, que embora sejam diversos em suas epistemologias e trajetórias, bem como, nas opções de expografia e de como lidar com as relações entre memória e história, entre memória e lugar, em suas similitudes estão, sobretudo, a promoção dos direitos humanos e as denúncias das graves violações cometidas pelo Estado. Assim, os museus de memória no Cone Sul podem ser entendidos como centros de polêmica e de questionamento, de busca por informação, de apoio jurídico, de pesquisa histórica e de conservação e preservação documental. São espaços expositivos, mas, também, culturais e educativos, em que a memória partilhada se opõe a uma realidade de apaziguamento e de compulsão à identidade, são, assim, experiências formativas de contradição e de luta contra o esquecimento organizado. Os museus de memória não são a garantia de que tais acontecimentos não voltem a acontecer, mas um comprometimento com o mundo humano e comum.</p>Giovane Rodrigues Jardim
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2022-12-262022-12-2641210913310.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.109133La educación en memoria como medida para reparar y prevenir violaciones graves de derechos humanos: atisbos en la jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1961
<p>En este artículo se examina la configuración de la educación en memoria como medida de reparación y garantía de no repetición de graves violaciones de derechos humanos y su traslación al sistema interamericano de derechos humanos. En concreto, se revisa cómo, a partir de las iniciativas de la Comisión Interamericana de Derechos Humanos relativas a la adecuación a los estándares internacionales de procesos estatales de memoria, verdad, justicia y reparación, la jurisprudencia de la Corte Interamericana de Derechos Humanos ha introducido algunos elementos de educación en memoria, aunque sea de manera limitada.</p>Marcia Rodrigues BertoldiRosa Ana Alija Fernández
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2022-12-262022-12-2641213415110.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.134151"Apesar de cônsul, incitou a resistência": um estudo de caso da diplomacia consular das cidades de Jaguarão / Rio Branco atuante na rede de apoio à Leonel Brizola
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1948
<p>Esse artigo aborda a atuação dos diplomatas: Jose Nogueira Pinto Machado, cônsul brasileiro atuante na cidade de Rio Branco, departamento de Cerro Largo, Uruguai; e de Jorge Bittar, cônsul uruguaio na cidade gaúcha de Jaguarão. Ambos estavam desenvolvendo suas atividades nessa fronteira quando houve o Golpe que depôs o presidente João Goulart em 1964. Assim, diante dos rumos que o país tomava, esses diplomatas se colocaram ao lado da legalidade. Seja convocando a população à resistência ou articulando esquemas de Travessia que viabilizavam a partida daqueles que no Brasil eram perseguidos pela ditadura.</p>Darlise Gonçalves de Gonçalves
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2022-12-282022-12-2841215217010.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.152170O fantasma colonial e a atualização das políticas genocidas
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1930
<p>O presente trabalho se propõe a analisar a maneira segundo a qual a política colonial e seus processos genocidas ainda operam de maneira determinante na estrutura social do século XXI, criando uma atmosfera traumática constitutiva da vivência dos grupos marginalizados. Através da arte, alguns autores buscam decolonizar a cultura, apropriando-se de seu passado violento, com vistas a se estabelecerem como sujeitos capazes de narrar a própria história. Nesse contexto, a ficção científica surge como um exemplo bastante ilustrativo do imaginário social, uma vez que descreve o presente de maneira metafórica, denunciando as formas de exploração ainda presentes, ao mesmo tempo em que constrói outras possibilidades de se pensar no futuro. </p>Carolina Sieja Bertin
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2023-01-042023-01-0441217118710.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.171187“Gilead está dentro de você”: uma análise do universo de O Conto da Aia a partir do conceito de totalitarismo, de Hannah Arendt
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1982
<p>O objetivo deste artigo é analisar o universo literário de <em>O Conto da Aia</em> a partir do conceito de totalitarismo cunhado pela filósofa alemã Hannah Arendt em sua obra <em>Origens do totalitarismo. </em>Mobilizando o regime nazista como ponto de comparação e análise, buscaremos compreender a construção do regime totalitário de Gilead no intuito de, como sugere o historiador Dominick LaCapra, criar um diálogo provocador e produtivo entre literatura e história, oferecendo novos caminhos de compreensão, tanto sobre o passado, quanto sobre as possíveis combinações dos elementos totalitários ainda presentes em nossas sociedades.</p>Anna Carolina Alves Viana
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2023-01-042023-01-0441218820610.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.188206O discurso agônico em “A quem interessar possa”, de Caio Fernando Abreu
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1936
<p>O objetivo deste trabalho é analisar o conto “A quem interessar possa”, publicado no livro <em>Inventário do ir-remediável</em> (1970), de Caio Fernando Abreu, a partir da perspectiva do trauma, buscando avaliar a representação do discurso agônico do narrador. Marcado pelo trauma devido a diversos graus de violência que sofreu, o narrador do conto oscila entre o desejo de calar e o de falar. O silêncio é portador de sentidos específicos, e o discurso proferido torna-se uma necessidade para o próprio narrador que deseja se libertar da dor do trauma. A ausência de interlocutores confiáveis, no conto, faz com que o narrador ensaie a sua morte. Para o embasamento dessa proposta, levam-se em conta elementos teóricos de Sigmund Freud, Walter Benjamin, Sándor Ferenczi e Dori Laub.</p>Lizandro Carlos Calegari
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2023-01-042023-01-0441220722010.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.207220O diário de Anne Frank: violência e resistência
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1962
<p>Este artigo se propõe analisar <em>O diário de Anne Frank</em>, de 1947, avaliando como a escrita de si, o diário íntimo, as memórias autobiográficas e a autoficção possibilitam a representação do sujeito mulher, em sua transição entre infância, adolescência e vida adulta, no contexto da Segunda Guerra Mundial, de modo individual, social e historicamente nos ambientes em que viveu Anne Frank. Os principais embasamentos teóricos desta proposta são textos que privilegiam a escrita do “eu” e do testemunho, especialmente as memórias traumáticas. Nesse sentido, são utilizadas como referências as proposições de Lejeune, Foucault, Derrida, Freud e Bosi. Na perspectiva cultural da escrita de mulheres são referências textos de Virginia Woolf.</p>Joyce Rodrigues Silva Gonçalves
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2023-01-052023-01-0541222124510.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.221245O "acerto de contas com o fascismo" na sociedade italiana e o papel da justiça penal
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/2097
<p>Este artigo analisa a forma como a Itália realizou seu acerto de contas com os crimes cometidos pelo regime fascista. O foco do estudo é o papel da justiça penal no enfrentamento dos crimes do fascismo e na construção da memória coletiva sobre o período. Realiza-se um panorama sobre as dificuldades enfrentadas na realização da persecução penal das violações cometidas na vigência do regime totalitário italiano, sendo pormenorizadamente analisado o peso da lei de anistia nesse processo de acerto de contas.</p>Paolo Caroli
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2023-01-052023-01-0541224626110.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.246261Uma espectrografia do autoritarismo: o tempo da Ditadura na literatura do século XXI (2000-2020)
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1958
<p>Narrar um período histórico é sempre contingente a questões políticas, sociais, históricas, culturais e temporais. No caso de um período histórico recente como as ditaduras do Cone Sul do século XX e, em especial, a ditadura brasileira de 1964 a 1985, “o que foi” (ou o que é) ainda está em disputa. A história do passado é reconstruída no presente quando recuperamos, reacendemos, reincorporamos e mesmo modificamos o modo de ver, de contar e de dizer. Este artigo pretende apresentar e situar histórica, social, literária e temporalmente a catalogação da produção de narrativas literárias longas em que as ditaduras militares brasileiras e do Cone Sul são recuperadas e reconstruídas literariamente, no século XXI, bem como sua relação formal, estética e temática com o período em questão. Também se dedicará a pensar como a obra de Bernardo Kucinski pode ser lida a partir dos deslocamentos temporais que opera e da relação com as diferentes temporalidades em que se situa, da justiça, da memória e da história.</p>Lua Gill da Cruz
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2023-01-052023-01-0541226228210.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.262282Imagens do Nazismo e da "Shoah" em "A guerra no Bom Fim"
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1919
<p>Este estudo tem por objeto imagens do nazismo e da <em>Shoah</em> no romance <em>A guerra no Bom Fim</em> (1972), de Moacyr Scliar. Ao valer-se da ironia, do fantástico e do insólito, o escritor cria um universo em miniatura para, a partir do olhar infantil de seu protagonista, apresentar de maneira contundente a violência e os dilemas dos adultos. Na referida obra, o bairro porto-alegrense do Bom Fim ganha contornos do “schtetl”, a aldeiazinha judaica do Leste europeu. É o mundo da fantasia do “rei Joel”, em que figuras chagallianas pairam no ar, e em cujas ruas se trava uma guerra. Nele, a Segunda Guerra Mundial se faz presente com todo o seu poder de destruição, mesmo que a miremos através da fantasia de um grupo de crianças.</p>Elcio Loureiro Cornelsen
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2023-01-052023-01-0541228330510.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.283305Entrevista com Odilon Caldeira Neto - realizada por Maria Visconti Sales e Bárbara Deoti Silva Rodrigues
https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/2100
<p><strong>Entrevistado:</strong></p> <p> </p> <p>Professor Adjunto de História Contemporânea e do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Editor da Locus: Revista de História (UFJF). Coordenador do Observatório da Extrema Direita (oedbrasil.com.br - CNPq/UFJF) e do Laboratório de História Política e Social (UFJF). Doutor em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio doutoral no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (ICS-Ulisboa). Autor de: "Sob o Signo do Sigma: Integralismo, Neointegralismo e o Antissemitismo" (Eduem, 2014) e co-autor de "O fascismo em camisas verdes: do integralismo ao neointegralismo" (FGV, 2020) e "Fascism in Brazil: from Integralism to Bolsonarism" (2022, Routledge), na série "Studies in Fascism and the Far Right", ambos com Leandro Pereira Gonçalves. Desenvolve atividades de pesquisa e docência com foco em História Contemporânea e História do Tempo Presente, atuando principalmente nas seguintes temáticas: Extremismos de direita, Fascismos, Neofascismos, Direitas Radicais e processos transnacionais da extrema direita. Além disso, possui interesse nos campos da História Digital e História Pública.</p>Maria ViscontiBárbara Deoti Silva Rodrigues
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2023-01-062023-01-0641230631210.47694/issn.2674-7758. v4.i12.2022.306312