Sabemos ainda que, mesmo que ditaduras, genocídios e conflitos políticos cheguem ao fim, as heranças e permanências culturais e institucionais que foram criadas, mantidas e potencializadas por regimes de exceção não deixam de existir da noite para o dia. Sendo assim, em médio e longo prazo, é possível observar, convivendo com as novas democracias, uma série de comportamentos, práticas, instituições e regras que estão no limite entre o que se espera do novo regime e aquilo que era praticado no passado recente.
Tendo esse panorama como perspectiva, a proposta de dossiê que apresentamos conjuntamente, numa parceria entre o Núcleo Brasileiro de Estudos de Nazismo e Holocausto (NEPAT) e o Núcleo de Pesquisa sobre Políticas de Memória (NUPPOMEUFPEL), pretende contribuir com a reflexão sobre os diferentes regimes de exceção e as violências que marcaram o século XX, assim como com a análise sobre seu impacto, suas
permanências e reformulações no presente.

 

DOI: https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.

Publicado: 2023-01-06

Editorial

Marcus Vinicius Reis; Erinaldo Cavalcanti, Karla Leandro Rascke, Geovanni Gomes Cabral, Maria Clara Sales Carneiro Sampaio

01-03

O diário de Anne Frank: violência e resistência

Joyce Rodrigues Silva Gonçalves

221-245