EDUCAÇÃO E INTERCULTURALIDADE: O RECONHECIMENTO DAS DIFERENÇAS NO AMBIENTE ESCOLAR A PARTIR DE UM PROJETO DE PESQUISA E EXTENSÃO
Resumo
Os estudos no âmbito educacional referente sobre interculturalidade vem favorecendo a discursão no espaço escolar. Nesse sentido, a temática diversidade cultural mostra-se bastante abrangente e reconhecidamente necessária no âmbito da educação básica, à medida em que se reconhece o espaço escolar como um espaço onde configura-se sujeitos das diversas características pessoais convivendo num mesmo ambiente e em busca de um bem comum que é a educação e a formação para conviver em sociedade. Está problemática dos grupos presentes na sociedade que vem gerando conflitos e debates para construção de ações e políticas afirmativas ao combate de preconceito/discriminação na sociedade (Candau, p. 236). E com afirmação da diferença, étnica, de gênero, entre outras, vem demonstrando as problemáticas presentes na sociedade do forte preconceito/discriminação contra esses sujeitos que buscam seus direitos se ingressar à sociedade. Segundo Marques e Calderoni (2016) as leis nº 10.639/03 e nº 11. 645/08 representam um progresso referente às questões das relações étnico-raciais para a educação básica no Brasil. Através das referidas leis, promoveram-se ou criaram-se possibilidades de realizar a problematização da temática nos currículos das escolas. Diante disso, sobre algumas ações afirmativas ou políticas afirmativas como o lançamento dos PCNParâmetros Curriculares Nacionais, que elegeram a pluralidade cultural como um dos temas transversais, a LDB (Lei de diretrizes e bases da educação nacional) e a criação da Lei. 10. 639/03. Ambas políticas favoreceram para ocorrer modificações dos currículos das escolas. Em relação à diversidade em nosso país Petronilha afirma: O ocultamento da diversidade no Brasil vem reproduzindo, tem cultivado, entre índios, negros, empobrecidos, o sentimento de não pertencer à sociedade. Visão distorcida das relações étnico-raciais vem formentando a ideia, de que vivemos harmoniosamente integrados, numa sociedade que não vê as diferenças. Considera-se democrático ignorar a outro a sua diferença. (SILVA, 2011, p. 26). Moreira (2002) afirma que a sociedade atual vivencia o que chama de revolução cultural e que se trata de um novo paradigma de formação. Ou seja, esse papel constitutivo da cultura, expresso em
praticamente todos os aspectos da vida social, é reconhecido e destacado: a cultura assume cada vez mais relevo, tanto na estrutura e na organização da sociedade como na constituição de novos atores sociais. Assistese a uma verdadeira revolução cultural, à expansão de tudo que se associa à cultura. Ainda, o conceito de cultura tem seu poder analítico e explicativo, na teorização social, significativamente reforçado. Daí sua importância em discursos, práticas e políticas curriculares (MOREIRA, 2002, p.16). De acordo com Candau: [...] Trata-se de questionar esta realidade. Também é fundamental desvelar e questionar os sentidos desigualdade e diferença que permeiam os discursos educativos. Outro aspecto imprescindível e problematizar o caráter monocultural e o etnocentrismo que, explicita ou implicitamente, estão presentes na escola e impregnam os currículos escolares. Perguntar-nos pelos critérios utilizados para selecionar e justificar os conteúdos escolares. Desestabilizar a pretensa “universalidade” dos conhecimentos, valores e práticas que configuram as ações educativas e promover o diálogo entre diversos conhecimentos e saberes. (CANDAU, 2002, p. 246).
Autora retrata sobre os desafios para realizar o resgate e de fazer o processo de valorização e desconstrução de preconceito e discriminação que estar em uma direção longa e difusa ao se tratar da realidade no âmbito educacional. Estamos desafiados também a reconhecer e valorizar as diferenças culturais, os diversos saberes e práticas, e a afirmar sua relação com o direito a educação de todos. (CANDAU, 2002, p. 246). O presente trabalho tem como objetivo central apresentar a experiência no Projeto Educação e Interculturalidade. O reconhecimento das diferenças no ambiente escolar-PAPIM 2017, destacando sua importância através das ações realizadas pelos participantes no âmbito educacional.