ATUAÇÃO COMO MONITORAS DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: APRENDIZAGENS A FORMAÇÃO ACADÊMICA

Autores

  • Águida Batista Andrade
  • Havolinne Farias da Silva
  • Silmara Pereira de Almeida
  • Lucélia Cardoso Cavalcante Rabelo

Resumo

A presente proposta do trabalho visa descrever as ações de ensino do programa de monitoria no processo de apoio acadêmico dos discentes com deficiência Visual atuante do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica – NAIA UNIFESSPA. Tendo em vista que, o acesso à educação é um direito assegurado conforme aborda a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, art. 205, “A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”, considerando tal proposta o programa de monitoria consiste em auxiliar no processo de apoio educacional especializado dos discentes com deficiência da UNIFESSPA. Analisando os referenciais teóricos estudados encontramos algumas dificuldades da inclusão no ensino superior, conforme aponta Rabelo (2014):

O ensino superior fazendo parte dos sistemas de ensino deveria ter caminhado, junto com as iniciativas da educação básica para atender a esses princípios. Mas ao analisarmos estudos sobre a educação inclusiva no ensino superior, [...] é possível identificar um mar pleno de desafios no ensino superior, no processo de materialização dos princípios da educação inclusiva: a resistência à adaptação do ensino, falta de recursos humanos especializados na área de Educação Especial, a falta de acessibilidade, poucos avanços na inclusão acadêmica efetiva, são algumas das dificuldades enfrentadas (RABELO, 2014, p. 2).

Identificando as dificuldades mencionadas para o processo de inclusão acadêmica, colocamos em discussão a realidade da educação inclusiva no ensino superior que deveria ter apresentado melhores avanços, assim como ocorreu na rede básica de ensino que buscou caminhos para inclusão escolar de educandos com deficiência. Atualmente o programa de monitoria coordenado pelo Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica –NAIA vigente em 2014 atende e apoia os discentes com deficiência da referida instituição, mas no presente momento evidencia-se como maior demanda alunos com deficiência visual.

Domingues (2010, p. 08, p. 30, p. 31), elucida que, caracteriza-se como deficiente visual aquele que apresenta as condições a seguir:

A baixa visão pode ser causada por enfermidades, traumatismos ou disfunções do sistema visual que acarretam diminuição da acuidade visual, dificuldade para enxergar de perto e/ou de longe, campo visual reduzido, alterações na identificação de contraste, na percepção de cores, entre outras alterações visuais. [...] A ausência da visão manifestada durante os primeiros anos de vida é considerada cegueira congênita, enquanto a perda da visão de forma imprevista ou repentina é conhecida como cegueira adquirida ou adventícia, geralmente ocasionada por causas orgânicas ou acidentais. [...] A cegueira congênita pode ser causada por lesões ou enfermidades que comprometem as funções do globo ocular. [...] A cegueira adventícia caracteriza-se pela perda da visão ocorrida na infância, na adolescência, na fase adulta ou senil.

Segundo as descrições acima apresentadas podemos identificar os diferentes tipos de deficiência visual e logo as suas principais necessidades específicas no que se refere a limitação e participação das pessoas com deficiência visual no ensino superior. Com base nessas perspectivas o presente trabalho tem como objetivo descrever as ações de ensino do programa de monitoria e a sua relevância no processo de apoio educacional dos discentes com deficiência visual no âmbito acadêmico. O programa de monitoria em conjunto com os demais projetos de ensino, pesquisa e extensão existentes do NAIA, interagem em grupos de estudos para uma compreensão de forma mais aprofundada de conceitos e práticas da educação especial, tendo como uma de suas finalidades, contribuir com a nossa formação inicial e propor trocas de experiências entres graduandos (bolsistas) de diferentes áreas e projetos. Com 20 horas semanais para a realização de atividades atualmente a monitoria conta com três bolsistas, estudantes de licenciaturas de Letras Português e Pedagogia e tem como público alvo apoiar três discentes com deficiência visual da UNIFESSPA. Este trabalho, tem o propósito de apresentar as ações de monitoria desenvolvida pelo NAIA, com os discentes com deficiência da UNIFESSPA, ressaltando que essa vivência, tem propiciado por um lado espaços de formação para os monitores que atuam no programa, e por outro, favorecido as condições de acessibilidade pedagógica, física e de locomoção com o público atendido. 

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Andrade, Águida B., da Silva, H. F., de Almeida, S. P., & Rabelo, L. C. C. (2019). ATUAÇÃO COMO MONITORAS DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR: APRENDIZAGENS A FORMAÇÃO ACADÊMICA. Seminário e rojetos e nsino (ISSN: 2674-8134), 1(1). ecuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/666