LABORATÓRIO DE BIOLOGIA: UM ESPAÇO FACILITADOR DO PROCESSO ENSINAR/APRENDER

  • Alzerina Kene Benmuyal Vieira
  • Silvânia Alves Martins
  • Alessandra de Rezende Ramos

Resumo

A monitoria pode ser definida como uma metodologia que envolve uma orientação pedagógica, onde o monitor poderá desenvolver atividades didáticas que serão aplicadas no processo de aprendizagem dos outros alunos (SOUZA E BARBOSA, 2014). Esta prática pedagógica foi mantida em diferentes períodos e desenvolvida de formas distintas, sofrendo várias modificações ao longo dos tempos, e desconstruindo a ideia de que professor é o único com a capacidade de propagar o ensino. Na Universidade Medieval, por exemplo, os monitores eram chamados de repetidores, que reproduziam a matéria desenvolvida por seus mestres (FRISON E MORAES, 2010). No Brasil o método monitorial foi inserido em 1827 com “A Carta de Lei”, que propôs a criação de escolas de ensino mútuo ou monitorial (FERNANDES, LOPEZ E NARODOWSKI, APUD BASTOS, 1999), que foram instituídas para suprir a falta de professores. Na Lei nº 9.394, das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), o seu Art. 84, prevê o papel do monitor como: “os discentes da educação superior aproveitados em tarefas de ensino e pesquisa pelas respectivas instituições, exercendo funções de monitoria, de acordo com seu rendimento e seu plano de estudos” (BRASIL, 1996). O monitor não restringe seu exercício de ensino–aprendizagem apenas à sala de aula, mas continua em práticas em laboratório, biblioteca e até mesmo em residências (NOTÁRIO, 2007). Dessa forma o monitor age como mediador de ensino–aprendizagem, que pode intensificar a relação entre aluno-professor- universidade (SOUZA E BARBOSA 2014). Para Candau (1986) a monitoria é um método de ensino em que o monitor ganha conhecimentos diversos, não somente da disciplina que ele acompanha, mas também permite desenvolvimento de novas metodologias didáticas. O aluno-monitor ou simplesmente monitor é o estudante que, interessado em desenvolver-se, aproxima-se de uma disciplina ou área de conhecimento, e junto a ela realiza pequenas tarefas ou trabalhos que contribuem para o ensino, a pesquisa ou serviço de extensão à comunidade, sempre sob a supervisão do professor (LINS et al., 2009). Nesse sentido a prática da monitoria pode servir como um meio facilitador e capacitor no processo de ensino-aprendizagem do monitor. Desta maneira, o presente trabalho apresenta as atividades de monitoria desenvolvidas no Laboratório de Multiuso de Biologia, que promoveram a melhoria do processo didático e metodológico em contextos educacionais, além de envolver o monitor e os demais alunos, de diferentes cursos, em atividades experimentais, capacitando-os a realizarem e/ou elaborarem práticas para ilustrar questões teóricas, aguçando o interesse científico destes alunos.

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Publicado
2019-08-01
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  • Artigo 310
  • PDF 1611
Como Citar
Vieira, A., Martins, S., & Ramos, A. (2019). LABORATÓRIO DE BIOLOGIA: UM ESPAÇO FACILITADOR DO PROCESSO ENSINAR/APRENDER. Seminário De Projetos De Ensino (ISSN: 2674-8134), 1(1). Recuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/699