FATORES MOTIVADORES PARA A EVASÃO NOS CURSOS DA ÁREA DE EXATAS DA UNIFESSPA

  • Arthur Vinicius Gouveia Lima
  • Carolina Cristina Matos de Carvalho
  • Lidiane Neves Rodrigues
  • Mayara Barbosa Sindeaux Lima

Resumo

A evasão é a saída de um aluno de um determinado curso sem ter finalizado o mesmo, é um fenômeno que há um longo tempo vem ocorrendo com frequência e levando a discussões e buscas por explicação dos motivadores da evasão. Nos campos de pesquisa normalmente a evasão é mais explorada no sistema de ensino médio e fundamental, pelos grandes números apresentados, mas como mostrado por Silva (2007) foi visto que grandes números também eram obtidos no nível superior.
Entre 2001 e 2005, de acordo com cálculos feitos com base em dados do Inep, a taxa anual média de evasão no ensino superior brasileiro foi de 22%. A evasão anual era maior nas IES privadas, cuja taxa média no período foi de 26% contra 12% das IES públicas, Silva (2007).
A situação apresentada também é observada na Unifesspa, onde foi verificado altos números de desistências, exemplo disso no ano de 2015 a partir de uma análise de dados foi verificado o total de 1073 prescrições de cursos, esse número alto também foi causado por uma lista de perda do vínculo institucional efetivada (por exceder o limite permitido de trancamentos de matrículas), mas que na maior parte tinha desistido do curso há algum tempo, porém não havia oficializado essa desistência na secretaria do curso. A partir desses dados surge a necessidade de descobrir os motivos que levam os alunos do nível superior a desistirem dos seus cursos.
A evasão traz consequências prejudiciais às instituições e muitas vezes aos próprios alunos, mesmo que em alguns casos a mudança de curso seja algo positivo para o estudante (RISTOFF, 1999 apud CASTRO, 2013). Em algumas ocasiões por uma escolha errada de curso, o aluno acaba evadindo, pois não se encontra conectado com o curso escolhido, ele então procura sua verdadeira vocação, e isso gera um certo prejuízo para o aluno, pelo tempo que ele gastou no curso que não pretendia terminar ou até mesmo investimentos financeiros feitos pelo aluno para realizar o curso. Além do próprio aluno, as instituições também sofrem com essa evasão, visto que é gerado um desperdício do dinheiro público e até mesmo a perda da vaga que poderia garantir um novo profissional da área.
A evasão pode ser definida de várias formas, logo as análises do acontecimento dela em cada pesquisa podem ser diferentes dependendo das escolhas de definições, Silva Filho (2007), define evasão anual, onde-se mede a diferença de alunos que não tendo se formado não se matriculou no ano seguinte e evasão total, que o aluno ao final de um certo número de anos não obteve diploma. Baggi e Lopes (2011), definem a evasão como a saída do aluno da instituição antes da conclusão de seu curso.
Já a Comissão Especial de Estudos sobre a Evasão (1996), distinguiu a evasão em evasão de curso,
onde o aluno muda de curso, mas não necessariamente de instituição, a evasão de instituição, onde o aluno muda de instituição e a evasão de sistema, quando o aluno abandona o ensino superior.
Desta forma, o objetivo desse trabalho é descrever as atividades realizadas durante o período de vigência da bolsa vinculada à pesquisa “Diagnóstico da Evasão na Unifesspa”, a saber: 01 de setembro de 2017 a 31 de junho de 2018 e apresentar resultados obtidos com uma amostra de discentes evadidos de cursos da Área de Ciências Exatas, especificamente do Instituto de Ciências Exata – ICE e do Instituto de 2 Geociências e Engenharias – IGE da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, de modo a mostrar alguns dos principais motivos que levaram a estas desistências.

Downloads

Não há dados estatísticos.
Publicado
2019-07-31
Visualizações
  • Artigo 652
  • PDF 224
Como Citar
Lima, A., Carvalho, C., Rodrigues, L., & Lima, M. (2019). FATORES MOTIVADORES PARA A EVASÃO NOS CURSOS DA ÁREA DE EXATAS DA UNIFESSPA. Seminário De Projetos De Ensino (ISSN: 2674-8134), 3(1). Recuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/568