PERFIL SOCIOLINGUÍSTICO, POLÍTICA DE VITALIZAÇÃO DA LÍNGUA KYIKATÊJÊ POR MEIO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO METODOLÓGICA (PAPIM) NA ESCOLA INDÍGENA TATAKTI KYIKATÊJÊ.

  • Áustria Rodrigues Brito

Resumo

A presente pesquisa visa realizar uma assessoria linguística, junto à comunidade indígena Kyikatêjê com vistas à coleta de dados linguísticos (levantamento, seleção e registro de textos em língua indígena, língua portuguesa e literatura) para a produção de materiais didáticos no período de 2015 a 2017. De início, vamos descrever parte das atividades desenvolvidas na Escola Estadual Indígena de Ensino Fundamental e Médio Tatakti Kyikatêjê –EEIEFM), ao longo destes períodos. No período de 2015 trabalhamos com os docentes indígenas com vistas a identificação das práticas de letramentos com relação ao ensino de língua materna na comunidade, atividade que já demonstra uma atitude da comunidade para salvaguardar sua língua. Seguimos os Planos de trabalhos (PT) apresentados a seguir e incluímos outros Planos de Trabalhos (que estão em andamento) para atender as reais necessidades da comunidade e da escola. Aqui, vamos descrever inicialmente O PT 1“ Perfil sociolinguístico e atitudes linguísticas da comunidade Kyikatêjê no Sudeste do Estado do Pará”, foi concluído meados de 2015, e faz parte de minha pesquisa de doutoramento. Essa primeira etapa da pesquisa proporcionou o conhecimento do perfil sociolinguístico da comunidade e conhecimento das atitudes linguísticas do falante em relação a língua portuguesa (LP) e língua indígena (LI). Com base nessa realidade, construímos uma proposta de trabalho com o principal objetivo de analisar alguns aspectos da situação sociolinguística dos Kyikatêjê, focalizando as atitudes destes com relação às duas línguas - Português e Kyikatêjê. As perguntas que orientam a nossa intervenção são as seguintes: a) Como se dá na prática, o uso das duas línguas –o Português e o Kyikatêjê (com quem se fala, o que se fala, que língua, para quem e onde se fala)? b) quais as atitudes da comunidade Kyikatêjê face às duas línguas? c) O que essas atitudes revelam sobre a manutenção ou deslocamento dessas línguas na comunidade em que vivem? Nossa pesquisa é de natureza multidisciplinar com (1) um viés sociolinguístico, voltado para política e planejamento linguísticos, visando ao fortalecimento de línguas e culturas com base em Calvet (2007), Maher (2007, 2008), Hinton (2001a), Rodrigues (2000) e Monserrat (2006); 2) Contato linguístico, obsolescência, atitude relativa à dicotomia língua e identidade, considerando a situação de uso da língua Kyikatêjê e visando identificar as atitudes linguísticas da comunidade Kyikatêjê em relação à sua língua indígena. Nesse sentido, foram fundamentais os estudos de Hinton (2001a, 2001b, 2001c,); Maher (2007), Seky (1984).

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Publicado
2019-07-01
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Como Citar
Brito, Áustria. (2019). PERFIL SOCIOLINGUÍSTICO, POLÍTICA DE VITALIZAÇÃO DA LÍNGUA KYIKATÊJÊ POR MEIO DE UM PROJETO DE INTERVENÇÃO METODOLÓGICA (PAPIM) NA ESCOLA INDÍGENA TATAKTI KYIKATÊJÊ. Seminário De Projetos De Ensino (ISSN: 2674-8134), 2(1). Recuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/692