OLIMPÍADAS SANTANENSE DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS OBMEP

  • Lucas Gomes de Sousa
  • Duvirge Neves Assunção
  • Rafaela Menezes Braga Lima
  • Daniela Arruda dos Santos
  • Luciene Santana de Souza
  • Péricles Crisiron Pontes

Resumo

O processo de aprendizagem requer um olhar voltado para o desempenho do aluno, o qual está associado a fatores de natureza financeira, cultural, linguística, entre outros. A educação brasileira vem apresentando algumas dificuldades no seu exercício, as quais podem ser observadas a partir de duas visões: a primeira está relacionada ao fato de alguns profissionais da área não desempenharem seu serviço com excelência e dedicação, prezando por uma formação continuada, e a segunda está relacionada ao aluno, que se desmotivado não consegue desempenhar com êxito as propostas de ensino que lhe são apresentadas. Na educação básica, é evidente e preocupante o grande desafio de tentar desmitificar a matemática como uma disciplina abstrata e de difícil compreensão, já que nas escolas públicas brasileiras a oferta de um ambiente de aprendizado diferenciado e criativo é quase inexistente, dificultando o êxito no processo de ensino-aprendizagem e, consequentemente, contribuindo para um desempenho insuficiente ou pouco satisfatório dos alunos nesta matéria. A Matemática é constituída basicamente por proposições lógicas e axiomas que auxiliam nas conclusões práticas e teóricas, mas cujo ensino vem sendo reduzido à um conjunto de regras e técnicas transmitidas de forma repetitiva, sem se preocupar em fundamentá-lo ou justifica-lo, tampouco contextualizálo. Com isso o aluno não consegue perceber que está cercado de produtos e inovações tecnológicas desenvolvidos graças aos fundamentos matemáticos e as relações destes com as diversas áreas do conhecimento humano. Alguns autores indicam como deve ser desenvolvido o processo de aprendizagem para os alunos, dentre eles destacam-se: • MAZZEU (1998) afirma que [...] A aprendizagem entre eles, ocorre por assimilações de ações exteriores, interiorizações desenvolvidas através da linguagem interna que permite formar abstrações. • Vygotsky, a finalidade da aprendizagem é a assimilação consciente do mundo físico mediante a interiorização gradual de atos externos e suas transformações em ações mentais [...]. Com base nisto, além de tentar convencer/motivar o aluno a compreender o real significado desta disciplina, o ensino da matemática precisa ser desenvolvido de forma dinâmica e, em alguma medida também divertida, de modo a torná-la atrativa. Mostrar ao aluno que aprender a matemática é prazeroso não é uma tarefa muito fácil. Trata-se de um trabalho audacioso, que requer, além de muita criatividade e conhecimento, uma infraestrutura e recursos que possibilitem estimular o raciocínio, a intuição e, sobretudo, a aplicação, na prática, do conjunto de conteúdos que lhe está sendo transmitido. No intuito de provocar alguma mudança no panorama do ensino de matemática nas escolas públicas do país, a Sociedade Brasileira de Matemática (SBM), em parceria com o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), criou em 2005, a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), um projeto implementado em todo país pelo Ministério da Educação (MEC) e Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), com o objetivo de estimular o estudo da matemática e revelar novos talentos na área. Como resultado desta ação BIONDI (2009) afirma que: A OBMEP tem efeito positivo e estatisticamente significativo nas notas médias das escolas na Prova Brasil (2007) na oitava série do ensino fundamental. Esse impacto é crescente conforme o maior número de participação das escolas nas edições anuais da OBMEP (BIONDI et al. 2009, p.1). Não omissos a essa realidade, e tendo em vista os bons resultados da OBMEP, o projeto OSMEP representou um esforço de servidores e alunos da Unifesspa, juntamente com os professores de Santana do Araguaia, de tentar fomentar nos alunos da educação básica maior interesse pelo aprendizado da matemática. A OSMEP possuiu um grande desafio de desenvolver estratégias, bem como recursos didáticos de ensino capazes de gerar transformações, não só na perspectiva do aprendizado da matemática, mas também na concepção da importância da educação como ferramenta de transformação social. Por meio da parceria estabelecida entre os servidores e alunos da Unifesspa com a rede pública da educação básica para a realização da OSMEP, o projeto conseguiu atender estudantes do 8º ao 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio com plantões de dúvidas, tópicos complementares ao conteúdo ministrado pelos professores em sala de aula, aulas de exercícios típicos da OBMEP e do ENEM, cumprindo assim com o dever da UNIFESSPA de intervir no meio social tentando promover ações que confirmem o compromisso com a educação no sul e sudeste do Pará.  

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Publicado
2019-07-30
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Como Citar
Sousa, L., Assunção, D., Lima, R., Santos, D., de Souza, L., & Pontes, P. (2019). OLIMPÍADAS SANTANENSE DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS OBMEP. Seminário De Projetos De Ensino (ISSN: 2674-8134), 3(1). Recuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/537

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