Questão agrária brasileira e o lugar da juventude sem terra

Palavras-chave: Juventude, Questão Agrária, MST

Resumo

Este trabalho teve como tema o lugar da juventude Sem Terra na resistência frente aos condicionantes da questão agrária brasileira, segundo a experiência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST, desde seu programa político de Reforma Agrária Popular.  Sua intenção foi extrair elementos dos acúmulos construídos, para que ajudem a pensar as problemáticas existentes no Brasil, no que envolve o debate geral sobre a juventude camponesa no atual período histórico. A pesquisa teve natureza qualitativa, seguindo os procedimentos de pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, e observação participante. As referências feitas a Juventude Sem Terra e aos temas da questão agrária brasileira nas abordagens sobre e do MST, tem politizando o tema do êxodo rural, demonstrando que sair do campo não é uma opção da juventude camponesa, mas sim uma imposição das configurações do desenvolvimento do capitalismo no campo. Assim como, tem mostrado a necessidade de um novo projeto de campo, o projeto da Reforma Agrária Popular, em que os jovens são fundamentais, e sujeitos de sua construção.

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Biografia do Autor

Juliana Cristina de Mello

Juliana Cristina de Mello é graduada no curso Interdisciplinar em Educação do Campo, na área das Ciências Humanas e Scociais- Licenciatura, pela Universidade Federal da Fronteira Sul-UFFS, e é militânte do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST. 

Paulo Henrique Campos da Silva

Paulo Henrique Campos da Silva possui graduação em Serviço Social pela Universidade Estadual do Ceará (2018) e é militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra- MST. 

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Publicado
2020-12-26
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Como Citar
DE MELLO, J.; CAMPOS DA SILVA, P. Questão agrária brasileira e o lugar da juventude sem terra. ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, v. 2, n. 2, p. 283-297, 26 dez. 2020.
Seção
Artigos Científicos