A discussão sobre Educação Especial na formação inicial de professores de Química

  • Thaywane Azevedo Marques Instituto Federal Goiano/Campus Morrinhos
  • Fernanda Welter Adams Secretaria Municipal de Educação de Catalão
Palavras-chave: Formação de Professores, Educação Especial, Licenciatura em Química

Resumo

A legislação brasileira garante a educação como um direito de todos, em especial, dos alunos público alvo da Educação Especial (PAEE), sendo o professor um dos responsáveis por garantir a apropriação do conhecimento científico, historicamente construído pelo homem, de forma a levá-los a interpretar o mundo em que vivem. Neste estudo, objetiva-se analisar se a formação inicial de licenciandos em Química de uma Instituição de Ensino Superior Pública do Estado de Goiás tem se preocupado em garantir a discussão sobre a Educação Especial. A pesquisa foi realizada por meio da análise do Projeto Pedagógico do Curso e da resposta a um formulário eletrônico. Responderam ao questionário 20 licenciandos do Instituto Federal Goiano/campus Morrinhos. O curso investigado atualmente possui quatro disciplinas voltadas para a discussão sobre a temática, sendo elas: Libras, Tecnologia Assistiva, Educação Especial – Fundamentos e Políticas e Educação inclusiva no ensino de Química. Dos licenciandos participantes, 85% afirmaram que é de grande importância discutir a temática em sua formação inicial, pois essa discussão é fundamental para que o professor conheça as especificidades da deficiência e possa buscar meios para que o aluno PAEE se desenvolva cognitivamente dentro de suas potencialidades.  Portanto, observa-se no curso investigado uma preocupação com a garantia da discussão sobre a Educação Especial, por meio da inclusão de disciplinas que abordam a temática em seu PPC. Acredita-se, então, que os licenciandos estão construindo uma visão de que os alunos PAEE são sujeitos possuidores de capacidade de aprendizado.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Thaywane Azevedo Marques, Instituto Federal Goiano/Campus Morrinhos

- Licenciada em Química (2019) pelo Instituto Federal Goiano Campus Morrinhos (IF Goiano)

Referências

ADAMS, Fernanda Welter. Docência, Formação de Professores e Educação Especial nos Cursos de Ciências da Natureza. 2018. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Goiás, Catalão, 2018.

ADAMS, Fernanda Welter. Abordagem Histórico-Cultural: um olhar para a formação de professores e a educação especial. Curitiba, Editora Appris, 2020a.

ADAMS, Fernanda Welter. A percepção de professores de ciências frente aos desafios no processo de ensino e aprendizagem de alunos público alvo da educação especial. ACTIO, Curitiba, v. 5, n. 3, p. 1-23, set./dez. 2020b.

ANUNCIAÇÃO, Bárbara Carine Pinheiro da. A Pedagogia Histórico-Crítica na formação inicial de professores de Química na UFBA: limites e possibilidades no estágio curricular. 2014. Tese (Doutorado em Ensino, Filosofia e História das Ciências) – Universidade Federal da Bahia/Universidade Estadual de Feira de Santana, Salvador, 2014.

BAPTISTONE, Gabriel Ferreira; MATTOS NETO, Irau Alcilio; TOYAMA, Karla Suzi Furutani; PRAIS, Jacqueline Lidiane de Souza. A inclusão do aluno cego na educação superior: percepções de professores de um curso de licenciatura em Química. ACTIO, Curitiba, v. 2, n. 1, p. 98-121, jan./jul. 2017.

BENITE, Anna M. C.; PEREIRA, Lidiane L. S.; BENITE, Claúdio R. M.; PROCÓPIO, Marcos V. R.; FRIEDRICH, Márcia. Formação de professores de ciências em rede social. RBPEC, v. 9, n. 3, 2009.

BENITE, Claúdio. R. M. Formação do professor e docência em Química em rede social: estudos sobre inclusão escolar e o pensar comunicativo. 2011. Tese (Doutorado em Química) – Universidade Federal de Goiás, Regional Goiânia, 2011.

BENITE, Claúdio R. M.; BENITE, Anna M. C.; BONOMO; Fernanda Araújo. F.; VARGAS, Gustavo N.; ARAÚJO, Ramon José. S.; ALVES, Daniell R. Observação inclusiva: O uso da tecnologia assistiva na experimentação no ensino de Química. Química Nova na Escola, v. 12, n. 2, p. 94-103, 2017

BOGDAN, Robert C.; BIKLEN, Sari Knopp. Investigação Qualitativa em Educação - uma introdução à teoria e aos métodos. Tradução: Marie João Alvarez, Sara Bahia dos Santos e Telmo Mourinho Baptista. Portugal: Porto Editora, 1994.

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. MEC/SEESP. 2008.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação. Conselho Pleno. Parecer nº 2/2015. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica. Brasília, DF: CNE, 2015.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF: MEC, 2019.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), 2019.

GARCIA, Regina L. A avaliação e suas implicações no fracasso/sucesso. In: ESTEBAN, Maria T. (Org.). Avaliação: uma prática em busca de novos sentidos. Rio de Janeiro: DP&A, 2009. p. 29-49.

JESUS, Liana Fabíola de. Formação inicial de professores: contribuição da disciplina Libras para futuros professores da Educação Básica. 2017. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino Tecnológico) – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amazonas, 2017.

MARTINS, L. M. Algumas reflexões sobre o desenvolvimento omnilateral dos educandos. In: MEIRA, Marisa Eeugênia Mellilo; FACCI, Marilda Gonçalvez Dias (Orgs.). Psicologia Histórico-Cultural: contribuições para o encontro entre a subjetividade e a educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007. p. 117-134.

MENDES, Enicéia G. Inclusão escolar pela via da colaboração entre educação especial e educação regular. Educar em Revista, Curitiba, n. 41, p. 81-93, jul./set. 2011.

MORTIMER, Eduardo F.; SANTOS, Wildson L. P. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C–T–S (Ciência–Tecnologia–Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, Belo Horizonte, v. 2, n. 2, p. 133-162, 2000.

MOTTA, Lívia Maria Vilela de M. Aprendendo a ensinar inglês para alunos cegos e de baixa visão: um estudo na perspectiva da teoria da atividade. 2004. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada e Estudos da Linguagem) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2004.

PAULA, Tatiane Estácio; GUIMARÃES, Orliney Maciel; SILVA, Camila Silveira da. Formação de professores de Química e Educação Inclusiva: análise dos currículos dos cursos de licenciatura. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 18., 2016. Anais [...]. 2016.

PAULA, Tatiane Estácio; GUIMARÃES, Orliney Maciel; SILVA, Camila Silveira da. Necessidades formativas de professores de Química para a inclusão de alunos com deficiência visual. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências, 17(3), p. 853–881. Dezembro 2017.

PEREIRA, Florbela; SOUSA, João Aires de; MATA, Paulina; LOBO, Ana M. Desenvolvimentos no ensino da Química a cegos e a grandes amblíopes. Boletim da Sociedade Portuguesa de Química, v. 112, p. 7-15, 2009.

PEREIRA, Claudia Alves Rabelo; GUIMARÃES, Selva. A Educação Especial na formação de professores: um estudo sobre cursos de Licenciatura em Pedagogia. Revista Brasileira de Educação Especial, Bauru, v. 25, n. 4, p. 571-586, out.-dez., 2019.

PÉREZ GÓMEZ. Angél. I. La función y formación del profesor/a en la enseñanza para la comprensión. Diferentes perspectivas. En: GIMENO SACRISTÁN, J. y PÉREZ GÓMEZ, A. I. Comprender y transformar la enseñanza. Madrid: Ediciones Morata, pp. 398-429, 2002.

PEZZINI, Jalusa. Educação Especial no Ensino Superior. In: CONGRESSO NACIONAL DE EDUCAÇÃO – EDUCERE, 14. 2017. Anais [...]. 2017.

PLETSCH, Márcia D. A formação de professores para a educação inclusiva: legislação, diretrizes políticas e resultados de pesquisas. Rev. Educ., Curitiba, n. 33, Editora UFPR, 2009.

ROSSI, Renata Aparecida. A Libras como disciplina no ensino Superior. Revista de Educação, v. 13, n. 15, 2000.

SANTANA, Eliana; SILVA, Erivanildo (Orgs.). Tópicos em Ensino de Química. São Carlos: Pedro & João Editores, 2014.

SCHNETZLER, Roseli P. O professor de ciências: problemas e tendências de sua formação. In: SCHNETZLER, Roseli P.; ARAGÃO, Rosália Maria Ribeiro de (Orgs.). Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. Piracicaba: CAPES/UNIMEP, 2000.

SILVA, Wanderson D. A.; RODRIGUES, Ione C.; ARÁUJO, Jonas M. F.; SILVA, Maria M. “Tem que colocar o dedo dele nos lugares que a Química tá, querer explicar alguma coisa, já que a gente não vê com a visão”: uma análise sobre a aprendizagem de alunos com deficiência visual no ensino de Química”. ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, Marabá-PA, v. 1, n. 1, p. 20-31, jul.-dez. 2019.

TARTUCI, Dulcéria. Experiência escolar de surdos no Ensino Regular: condições de interação e construção de conhecimento. 2001. 182 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Metodista de Piracicaba, 2001.

UNESCO. Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais/Declaração de Salamanca, 1994.

VIGOTSKI, Lev. Obras escogidas: fundamentos de defectologia. Madrid: Visor, 1997. v. 5.
Publicado
2022-07-01
Visualizações
  • Artigo 377
  • PDF 230
  • PDF 0
Como Citar
MARQUES, T.; ADAMS, F. A discussão sobre Educação Especial na formação inicial de professores de Química. ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, v. 4, n. 1, p. 39-55, 1 jul. 2022.
Seção
Artigos Científicos