Observatório de Literacia Oceânica: uma postura etnomatemática na ecologia local

Palavras-chave: Ecologia Local, Postura Etnomatemática, Metodologias Bottom-up, Sustentabilidade, Diálogo

Resumo

O Observatório de Literacia Oceânica surge enquanto laboratório de pesquisa de carácter metodológico bottom-up, em zonas costeiras da região centro de Portugal. A proposta trazida para a pesquisa assenta na práxis de ser e estar de cada ser humano – da sua situacionalidade na ecologia local. Tal proposta fundamenta-se na postura etnomatemática, em busca do comprometimento individual e coletivo com o ambiente. Neste sentido, reflete-se neste artigo sobre o papel da ciência, a sua relação com a sociedade e a relevância de encontros dialógicos entre diferentes formas de conhecimento – tradicional, local, técnico e científico, para potenciar uma jornada sustentável na ecologia local.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sílvia Franco, Universidade NOVA de Lisboa

Mestre. Universidade NOVA de Lisboa.

Mônica Mesquita, Universidade NOVA de Lisboa

Doutora. Universidade NOVA de Lisboa.

Referências

ACOSTA, Alberto. O bem viver: uma oportunidade para imaginar outros mundos. Tradução de Tadeu Breda. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, Editora Elefante, Autonomia Literária, 2016.

BOHM, David. On Dialogue. London: Routledge, 2004.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática: elo entre as tradições e a modernidade. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática e educação comunitária. Projeto Fronteiras Urbanas, Vila de Caparica, Fundação para a Ciência e Tecnologia, Encontro Anual com Consultores, Lisboa, 6 a 8 de setembro de 2012.

DE GIORGI, Rafaelle. Por uma ecologia dos direitos humanos. Revista Opinião Jurídica. v. 15. n. 20. Fortaleza: Unichristus, p. 324-340, 2017.

DELEUZE, Giles. Instincts et institutions. Paris : Hachette, 1955.

GUATTARI, Félix. Les trois écologies. Paris: Galilée, 1989.

HAECKEL, Ernst. Generelle Morphologie der Organismen. Berlin: Georg Reimer, 1866.

FREIRE, Paulo. Conscientização. Teoria e Prática da Libertação. Uma Introdução ao Pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979.

GROSFOGUEL, Ramón. Para descolonizar os estudos de economia política e os estudos pós-coloniais: transmodernidade, pensamento de fronteira e colonialidade global. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 80, p. 115-147, mar. 2008.

LAPORTA, Lia. Direitos de Acesso e o Acesso aos Direitos. In: MESQUITA, M. (Org.). Fronteiras Urbanas - sobre a humanização do espaço. Lisboa: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa. 2014

LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Editora da Unicamp, 1990.

LYNCH, Kevin. A imagem da cidade. Tradução: Maria Cristina Tavares Afonso. Coleção Arte e comunicação, 15. Lisboa: Edições 70, 1960.

MATURANA, Humberto; VARELA, Francisco. A Árvore do Conhecimento. São Paulo: Editorial Psy II, 1995. Disponível em: file:///C:/Users/oloma/Desktop/Arvore+do+Conhecimento+Maturana+e+Varela.pdf. Acesso em: 25 jan. 2020.

MIGNOLO, Walter; WALSH, Catherine. On decoloniality: concepts, analytics, praxis. Durham and London: Duke University, 2018. Disponível em: https://www.dukeupress.edu/Assets/PubMaterials/978-0-8223-7109-0_601.pdf. Acesso a: 13 mai. 2021.

MESQUITA, Mônica; RESTIVO, Sal; D’AMBROSIO, Ubiratan. Asphalt Children and City Streets – A Life, a City, and a Case Study of History, Culture, and Ethomathematics in São Paulo. Rotterdam: Sense Publishers, 2011.

MESQUITA, Mônica. Observatório de Literacia Oceânica, 2017. Disponível em: https://www.olomare.space/sobre. Acesso a: 9 abr. 2019.

RESTIVO, Sal. The Social Relations of Physics, Mysticism, and Mathematics. Dordrecht: Springer, 1985. DOI: https://doi.org/10.1007/978-94-009-7058-8

RESTIVO, Sal. Sociology, Science, and the End of Philosophy. How Society Shapes Brains, Gods, Maths, and Logics. London: Palgrave Macmillan, 2017.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo. Para uma nova cultura política. Porto: Afrontamento, 2006.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos estud. - CEBRAP, São Paulo, n.79, p.71-94, nov. 2007. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004. Acesso a: 05 abr. 2019.

SANTOS, Boaventura de Sousa. De las dualidades a las ecologias. Serie: Cuaderno de Trabajo n. 18. La Paz, Bolivia: Red Boliviana de Mujeres Transformando la Economía – REMTE, abril 2012. Disponível em: http://www.boaventuradesousasantos.pt/media/cuaderno%2018.pdf. Acesso em: 05 abr. 2019.

SCHUMACHER, Patrick. The Autopoiesis of Architecture, volume II. A New Agenda for Architecture. Chichester, UK: Wiley-Academy, 2012.

THRIFT, Nigel. Non-Representational Theory, Space | politics | affect. New York: Routledge, 2008. Disponível em: https://joaocamillopenna.files.wordpress.com/2018/05/thrift-non-representational-theory-space-politics-affect.pdf. Acesso a: março 2021.

ŽIŽEK, Slavoj. In Defense of Lost Causes. New York: Verso, 2008.
Publicado
2021-11-23
Visualizações
  • Artigo 175
  • PDF 110
Como Citar
FRANCO, S.; MESQUITA, M. Observatório de Literacia Oceânica: uma postura etnomatemática na ecologia local. ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, v. 3, n. Especial, p. 84-95, 23 nov. 2021.