Uma análise dos docentes e dos espaços escolares quilombolas no Amapá: mitos, tradições e a cosmogonia

Autores

Palavras-chave:

Comunidades Quilombolas, Etnociências, Currículo, Cultura, Realidade Social

Resumo

Motivados pelo processo histórico e social presente na formação de mais de cento e  cinquenta comunidades remanescentes de quilombos no estado do Amapá, e, como parte de um estudo macro de doutoramento que tem como temática: “A apropriação das práticas de numeramento na EJA/PROEJA em comunidades quilombolas no Estado do  Amapá – Brasil.” é que este trabalho se alicerça, objetivando compreender uma análise do perfil dos docentes e dos espaços escolares quilombolas localizados geograficamente no estado Amapá, uma das vinte e sete unidades federativas do Brasil, no extremo norte do país, e que compõem a Amazônia Ocidental. A metodologia adotada foi a pesquisa de campo, realizada através da aplicação de questionários e da observação direta da realidade social em que os sujeitos presentes na pesquisa estão inseridos. Os resultados aqui apresentados, evidenciam a percepção dos professores e dos membros das comunidades entrevistadas, no que tange os aspectos dos mitos, tradições e da cosmogonia. Tais percepções apontam para a necessidade de um estudo que valorize os aspectos históricos, sociais e culturais das comunidades quilombolas e que os currículos levem em consideração o disposto previsto na   Lei 10.639/2003 (BRASIL, 2003). Espera-se que os dados aqui apresentados contribuam com novas produções que discorram sobre a realidade das comunidades quilombolas, que gere reflexões sobre o conteúdo presente no currículo escolar e que fortaleça as pesquisas em etnociências no país.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Pedro Manuel Baptista Palhares, Universidade do Minho - Portugal

Pedro Manuel Baptista Palhares, Universidade do Minho

Doutor em Estudos da Criança, pelo Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho - UMinho. Professor Associado com Agregação na Universidade do Minho.

Referências

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). População do estado do Amapá, 2010. Disponível em: ww2.ibge.gov.br/home Acesso em: 05 fev. 2021.

BRASIL. Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática ‘História e Cultura Afro-Brasileira’, e dá outras providências. Diário Oficial da União , Brasília , 10 jan. 2003. Disponível em: <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.639.htm >. Acesso em: 01 jun. 2022.

D’AMBROSIO, U. Reflexões sobre Etnomatemática. Grupo Internacional de estudos Etnomatemática. 1987. p. 5.

DIAS, D. Estudo etnomatemático sobre o grupo étnico Nyaneka-nkhumbi do Sudoeste de Angola. Aplicações à Educação Matemática. 2016. 519 f. Tese (Doutorado em Ciências da Educação) - Instituto de Educação, Universidade do Minho, Braga, 2016. Disponível em http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/42586. Acesso em: 05 maio 2021.

DIAS, D. COSTA, C. PALHARES, P. Sobre os cestos tradicionais manufaturados pelas mulheres Nyaneka-nkhumbi de Angola. 2017. Revista Latinoamericana de Etnomatemática, v. 10, n. 1, 2017 Universidad de Nariño Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=274048277007. Acesso em: 22 maio 2021.

FONSECA, A. Etnomatemática num projeto interdisciplinar. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ETNOMATEMÁTICA, 4., 2012, Belém. Anais [...]. Belém: UFPA, 2012. p. 2-3.

MARCONI, M. D. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração, análise e interpretação de dados. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996.

MENDES, I. A. Matemática e investigação em sala de aula: tecendo redes cognitivas de aprendizagem. Ed. rev. e aum. – São Paulo: Editora Livraria da Física, 2009.

MUNANGA, K.; GOMES, N. L. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Editora Global, 2006.

MATTOS, S. M. N. Conversando sobre metodologia da pesquisa científica. [recurso eletrônico], Porto Alegre: Editora Fi, 2020.

SANTOS, I. A. A. Direitos humanos e as práticas de racismo. Brasília. Centro de Informação e Documentação (Cedi). 2010.

SARNEY, J. COSTA, P. “Amapá: Terra onde o Brasil começa”. Brasília: Biblioteca do Senado Federal, 1999.

SILVA, M. G da. Territórios quilombolas no Estado do Amapá: um diagnóstico. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEOGRAFIA AGRÁRIA, 21., 2012. Uberlândia. Anais [...]. Uberlândia: UFB, 2012. p. 3-4.

SCHMITT, A.; TURATTI, M. C.; CARVALHO, M. C. A atualização do conceito quilombo: identidade e território nas definições teóricas. Ambiente e Sociedade, 2002.

Downloads

Publicado

2022-12-30

Como Citar

SILVA, . A.; PALHARES, . M. B. Uma análise dos docentes e dos espaços escolares quilombolas no Amapá: mitos, tradições e a cosmogonia. ReDiPE: Revista Diálogos e Perspectivas em Educação, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 180–191, 2022. Disponível em: https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/ReDiPE/article/view/1918. Acesso em: 22 dez. 2024.