“Não há pessoa alguma por pequena que seja que não saiba”: uma família e sua fama de “Cristã-novice” no Maranhão setecentista.
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v1.i3.20192020.136158Palavras-chave:
Clero Secular, Inquisição, Cristãos-Novos, Família, Maranhão.Resumo
A exigência quanto à “pureza de sangue” era presente na maioria das instituições do Império Português. Em vista de averiguar se os pleiteantes de fato detinham os requisitos necessários, as instituições lavravam processos cuja finalidade era descobrir algum possível impedimento. Porém, o aparente rigor possuía brechas, de modo que muitas vezes candidatos com alguma “impureza” passavam no crivo. O presente trabalho versa sobre estas situações. Aqui apresentaremos a trajetória de Felipe Camello de Brito, membro de uma notória família de “cristãos-novos” que durante anos, a despeito de seu impedimento, exerceu importantes cargos no bispado do Maranhão. Veremos como, através de processos de investigação genealógica, no âmbito da Cúria diocesana do Maranhão e do Tribunal do Santo Ofício, Felipe consegue purgar de uma vez por todas a fama que acompanhara sua família há gerações.
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