Uma reflexão sobre os limites materiais do ensino crítico da história

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v2.i6.2020.167192

Palavras-chave:

didática da história, consciência, emancipação, marxismo

Resumo

O presente artigo examina algumas relações existentes entre as categorias consciência, alienação e ideologia a partir do debate recente sobre o lugar e o papel da Didática da História nos processos de formação identitária e de emancipação social. Levantamos algumas questões sobre os limites e as potencialidades do ensino crítico da História fundamentais para uma justa compreensão dos limites emancipatórios do ensino crítico da história e uma correta avaliação dos limites emancipatórios dos livros didáticos. A partir da consideração do processo de consciência e das mediações que lhe servem de condições materiais, o artigo traça algumas considerações sobre os conceitos de consciência, razão e emancipação subjacentes às formulações de dois dos principais representantes alemães do debate sobre a perspectiva crítica em Didática da História.

 

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Biografia do Autor

Fernando Viana Costa, Instituto Federal de Educação Ciencia e Tecnologia de Mato Grosso

Mestre em História Cultural e possui graduação em História nas modalidades Bacharelado e Licenciatura pela Universidade Federal de Goiás. É especialista em docência do ensino superior. Tem experiência na área de História, com interesse em História Regional, História da América Latina e História da Educação. Nos últimos anos vem trabalhando com documentários e história oral. Trabalhou na pesquisa, roteiro e direção do projeto "Nossa história daria um filme" que produziu uma série televisiva com 9 documentário sobre a história de Goiânia para TV UFG. Em 2016 e 2017 foi professor substituto no Instituto Federal de Goiás, solicitou seu desligamento para assumir como professor efetivo no IFMT, entrando em exercício no dia 13 de Dezembro de 2017. Atualmente, desenvolve o projeto de ensino "A conjuntura no movimento da História" na condição de professor efetivo do IFMT, Campus Guarantã do Norte, e atua como monitor do Núcleo de Educação Popular 13 de Maio.

Filipe Boechat, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Membro da Diretoria Adjunta de Extensão do Instituto de Psicologia da UFRJ. Coordenador do Grupo de Extensão Popular Ignacio Martín-Baró. Possui Graduação, Mestrado e Doutorado em Psicologia pela UFRJ. Realizou estágio doutoral na Universitat Autònoma de Barcelona (UAB), sob supervisão de Lupicinio Íñiguez-Rueda, e estágio pós-doutoral na Universidade Federal de Goiás (UFG), sob supervisão de Fernando Lacerda Jr. É também membro do Núcleo de Pesquisa e Extensão sobre Projetos Societários, Educação e Questão Agrária na Formação Social Brasileira (NEPEQ). Educador popular formado pelo Núcleo de Educação Popular 13 de maio (13 de maio - NEP), reflete sobre processos grupais, extensão popular, antipsicologia, ideologia, processo de consciência e conscientização de classe.

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Publicado

2020-12-17

Como Citar

COSTA, . V.; BOECHAT, . Uma reflexão sobre os limites materiais do ensino crítico da história. Escritas do Tempo, [S. l.], v. 2, n. 6, p. 167–192, 2020. DOI: 10.47694/issn.2674-7758.v2.i6.2020.167192. Disponível em: https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1279. Acesso em: 5 nov. 2024.

Edição

Seção

v.2 n.6 (2020) Dossiê História: ensino, livro didático e formação de professores