As Moscas, os Hereges e o gênero da bruxaria
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v4.i13.2023.130155Palavras-chave:
Gênero. Bruxaria. Demonologia. Reforma. Unitas Fratrum. HussitismoResumo
O inquisidor Heinrich Kramer (também conhecido como Institoris, c. 1430-1505), sem dúvida o mais infame teórico da bruxaria da era pré-moderna, foi também um dos mais prolíficos polemistas anti-heréticos de sua época. Ele dedicou a maior parte de sua longa vida à repressão dos grupos religiosos dissidentes, bem como à extirpação da bruxaria. O artigo argumenta que a apresentação de Kramer das bruxas e dos homens hereges como grupos distintos que participavam da conspiração com o Diabo para minar a cristandade marcou um importante ponto de virada no discurso demonológico. O entendimento de Kramer sobre os papéis análogos de bruxas e hereges esteve intimamente ligado ao seu entendimento do gênero sobre a natureza da heterodoxia religiosa e da bruxaria diabólica. Esse entendimento generificado, propõe o artigo, foi geralmente aceito por católicos e protestantes nos dois séculos seguintes. Embora as mulheres às vezes fossem acusadas de heresia e os homens fossem processados por bruxaria, a maioria das pessoas executadas por heresia na era das Reformas foi do sexo masculino, enquanto as principais vítimas da caça às bruxas do início da era Moderna eram mulheres.
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