Memórias sim, esquecimento jamais: revisitando matrizes africanas no cotidiano através do patrimônio
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v5.i14.2024.1933Palavras-chave:
Matriz Africana; Memória; Patrimônio.Resumo
Observando como figuram e como são recepcionadas as abordagens de povos de matriz africana, sendo inseridas em nosso país a duras penas e não sem resistências; muitas vezes recebidas de maneira violenta e sendo violadas, os autores propõem discutir, através do papel da memória e do patrimônio, sua existência como forma de enunciar os sujeitos em espaços que ainda lhes são negados. Partindo da historicidade do momento da constituição do país, sublinhando disputas étnicas, observando a leitura e a escrita do patrimônio por emolduramentos dominantes, busca-se tecer observações acerca da realidade contemporânea. Salienta-se que os espaços sãoescassos para suas manifestações, mas que são de suma importância para as expressões da cultura preta, tão presente na sociedade brasileira. Diante disso, as correntes teóricas contribuem para um processo de descolonizar olhares e novos modos de ler e escrever narrativas.
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