EXPERIÊNCIAS DE APOIADORES A DISCENTE COM DEFICIÊNCIA E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A INCLUSÃO POR MEIO DE FORMAÇÕES
Resumo
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva (BRASIL, 2008), determina a transversalidade da educação especial da educação básica ao ensino superior. O ensino superior estabeleceu de forma tardia a inclusão desses alunos em comparação com níveis de ensino. Assim, o direito à educação da pessoa com deficiência, precisa ser igualmente assegurado quando o mesmo chega ao ensino superior. Os princípios inclusivos se materializam por ações planejadas e implementadas a partir dos Núcleos de Acessibilidade, pois o ensino superior, precisa reorganizar suas ações institucionais no sentido de garantir o processo uma vida acadêmica inclusiva aos alunos com deficiência, transtorno global do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação que atualmente, compõem o públicoalvo da Educação Especial. É necessário promover a:
[...] eliminação de barreiras atitudinais, físicas, pedagógicas e de comunicação. Conforme dados do Ministério da Educação, o Programa contava até o ano de 2010 com a adesão de 54 IFES, sendo 10 Centros Federais de Educação Tecnológica (ROSA; ALMEIDA; TEIXEIRA, 2011, p. 2).
O planejamento, a previsão de recursos materiais e humanos para a implementação das metas de acessibilidade previstas na legislação atual é papel da gestão da Educação Superior, bem como acompanhar as matrículas de alunos com deficiência na IES e prover as condições necessárias para o pleno acesso ao conhecimento científico, propiciado pela formação acadêmica, apoio a permanência até a conclusão do curso por este aluno.
O financiamento das condições de acessibilidade deve integrar os custos gerais com o desenvolvimento do ensino, pesquisa e extensão. As IES devem estabelecer uma política de acessibilidade voltada à inclusão das pessoas com deficiência, contemplando a acessibilidade no plano de desenvolvimento da instituição; no planejamento e execução orçamentária; no planejamento e composição do quadro de profissionais; nos projetos pedagógicos dos cursos; nas condições de infraestrutura arquitetônica; nos serviços de atendimento ao público; no sítio eletrônico e demais publicações; no acervo pedagógico e cultural; e na disponibilização de materiais pedagógicos e recursos acessíveis (BRASIL/SECADI/SESU, 2013, p. 12). Na Unifesspa, o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica foi criado em 2014, com o propósito de assessorar o ensino e a formação dos alunos com deficiência, de modo articulada com a Pró-Reitoria da Unifesspa. Há inúmeros desafios para se garantir condições de acesso e permanência qualificada de discentes com deficiência ao nível superior, nesse contexto, fruto de uma parceria Pró-Reitoria de Ensino de Graduação -PROEG o NAIA criam o programa de monitoria, como objetivo central de promover a inclusão, para a oferta um Atendimento Educacional Especializado com apoios e serviços em educação especial, como a acessibilização dos materiais didáticos, técnicas de áudio-descrição nas aulas, orientação e mobilidade, formação no uso de tecnologias assistivas e produção de material pedagógico adaptado para alunos com deficiência visual da Unifesspa. O foco deste trabalho é descrever as experiências de bolsistas monitores e como esse processo contribui com a inclusão no ensino superior, proporcionando um melhor desempenho acadêmico, a autoconfiança e a inclusão dentro da universidade desenvolvida pelos discentes apoiadores. Este trabalho tem por objetivo demostrar que através deste contato -discente apoiado e discente apoiador- é possível notar a formação social e acadêmica que o Programa de Monitoria impacta em cada bolsista e o modo como eles observam a monitoria e suas contribuições na vida do discente com deficiência da UNIFESSPA.