MONITORIA ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE “MÉTODOS EPIDEMIOLÓGICOS EM SAÚDE” DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

  • Aline Coutinho Cavalcanti

Resumo

 A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) caracteriza-se como uma Instituição de Ensino Superior fortemente comprometida com a formação de cidadãos e profissionais por meio da prática indissociável do ensino, pesquisa e extensão (UNIFESSPA, 2017). A graduação em Saúde Coletiva justifica-se por diversos fatores: aumento da demanda de profissionais para atuar no SUS com formação específica em saúde coletiva, considerando sua expansão; reflexo do acúmulo de vivência nos ensinos de graduação e pós-graduação, representando o fortalecimento das práticas de ensino voltadas para a saúde pública e sua interdisciplinaridade; e formação de força mobilizadora no papel de novo ator social no campo de Saúde Coletiva, comprometido com valores e princípios éticos que inspiraram a Reforma Sanitária (CASTELLANOS, 2013), tendo sido ofertada na cidade de Marabá de modo a oferecer à região amazônica profissionais habilitados para suprir demanda de recursos humanos na área de saúde.
Para o exercício profissional, o Bacharel em Saúde Coletiva deve cultivar conhecimentos dentro dos seguintes núcleos: gestão em saúde; atenção em saúde e educação em saúde (BRASIL, 2017). A estrutura curricular do Curso de Saúde Coletiva da Unifesspa inclui um conjunto de atividades cujo conteúdo e práticas tratam do processo saúde-doença-cuidado e seus determinantes biológicos, sociais, ambientais e comunitários; das políticas e da organização dos sistemas e serviços; e das práticas de promoção da saúde e da qualidade de vida, dentre outros, distribuídas em seis eixos transversais: Bases biológicas aplicadas à saúde; Ciências Sociais e Humanas em Saúde; Epidemiologia e Vigilância em Saúde; Educação e Pesquisa em Saúde; Seminários Integrados (UNIFESSPA, 2017).
A palavra “epidemiologia” é derivada das palavras gregas: epi “sobre”, demos “povo” e logos “estudo”, sendo definida como “o estudo da distribuição e dos determinantes de estados ou eventos relacionados à saúde em populações específicas e sua aplicação na prevenção e controle (BONITA, 2006).
A proposta para o ensino da epidemiologia envolve o ensino integrado, considerando o sistema de saúde vigente e o conhecimento da prática dos serviços de forma a contribuir com a transformação da assistência à saúde da população, através do incentivo à formação de profissionais comprometidos com os interesses da saúde pública (SIMPSON, 2010).
A disciplina de “Métodos Epidemiológicos em Saúde” é desenvolvida em 34 horas-aula, faz parte do eixo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde e contribui com a oferta de subsídios teóricopráticos para a produção e a análise de dados que sustentam a identificação de problemas e agravos à saúde da população e seus determinantes. Sua ementa envolve os seguintes temas: fundamentos da pesquisa epidemiológica; medidas de efeito e medidas de associação; validade em estudos epidemiológicos; causalidade em saúde; inferência causal (UNIFESSPA, 2017).
O ensino da Epidemiologia tem se defrontado com novos desafios, como o de produzir conhecimento em ritmo compatível com a transformação da sociedade, com o uso de recursos pedagógicos da era tecnológica, adequado às necessidades de um público em constante transformação cultural e comportamental e a uma sociedade que cobra eficiência, ética e transparência das suas instituições (ABRASCO, 2005).
Apesar do estímulo a práticas de ensino-aprendizagem visando o protagonismo do aluno no desenvolvimento de uma capacidade crítico-reflexiva, alguns alunos encontram dificuldades em atingir objetivos curriculares e desenvolvimento de competências previstos para o curso de graduação quando se trata de algumas disciplinas (FRISON, 2016). As Instituições de Ensino Superior (IES) buscam estratégias e práticas que lhes permitam melhores resultados, tanto na avaliação do Ministério da Educação quanto na percepção dos egressos e desenvolvimento de habilidades. Assim, investe-se em formas alternativas de trabalho, estimuladoras de aprendizagem, como é o caso das monitorias. O monitor realiza suas atividades como o cumprimento de horários estabelecidos, a preparação de material para as aulas, quando solicitado e o atendimento aos alunos. E o aluno, por sua vez, tem mais uma oportunidade, através do monitor, de tirar as dúvidas que ficaram pendentes no decorrer da disciplina e relembrar os conteúdos aprendidos em sala de aula. Além disso, as ações de monitoria promovem integração entre docentes e discentes, podendo despertar no monitor o interesse pela carreira docente (SILVEIRA, 2016).
O objetivo desse trabalho é relatar a experiência durante a monitoria da disciplina de “Métodos Epidemiológicos em Saúde” do curso de Graduação em Saúde Coletiva durante o semestre 2017.2 na Unifesspa.

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Publicado
2019-08-01
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Como Citar
Cavalcanti, A. (2019). MONITORIA ACADÊMICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA NA DISCIPLINA DE “MÉTODOS EPIDEMIOLÓGICOS EM SAÚDE” DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA. Seminário De Projetos De Ensino (ISSN: 2674-8134), 3(1). Recuperado de https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/spe/article/view/623

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