A construção da subjetividade de C. G. Jung em “Memórias, Sonhos, Reflexões” (1957)
Palavras-chave:
“Memórias, Sonhos, Reflexões”, autobiografia, “Escrita de Si”, C. G. Jung, História da Psicologia.Resumo
“Memórias, Sonhos Reflexões” é a autobiografia do médico suíço C. G. Jung (1875-1961), neste escrito discorreu sobre sua vida, obra, sentimentos e experiências. O objetivo deste artigo é estudar a subjetividade historicamente construída de Jung narrada por ele mesmo, observando a autobiografia que aponta para um fim acertado, de que as experiências vividas aconteceram como deveriam ter acontecido. Para realizar o estudo, nos serviremos do conceito de “Escrita de Si” de M. Foucault, alegando que a prática da escrita sobre si mesmo - como um exercício subjetivo de organização afetiva -, trouxe benefícios e ressignificações para o médico. As ressignificações feitas por Jung foram produto do que a “Escrita de Si” proporcionou e podem ser visualizadas a partir de uma confluência de temporalidades, nos diferentes interesses, pensamentos ou vocabulários utilizados ora pelo Jung velho, ora pelo Jung novo.
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