Lampião e o cangaço: Trajetórias de vida, histórias como flagelo (1920-1938)

Main Article Content

Marcos Edilson Araújo Clemente
https://orcid.org/0000-0003-3725-3805

Resumo

O artigo propõe refletir sobre trajetória de Virgulino Ferreira da Silva, Lampião. Busca apreender o protagonismo e a cultura política do famoso chefe de cangaço diante das situações contingentes com as quais se defrontou. Ele foi representado como anacronismo, barbárie e flagelo em um debate nacional sobre as condições sociais encontradas na região Nordeste do Brasil, sobretudo a zona dos sertões. A biografia de Lampião se confunde com as formas de consolidação do poder político e econômico republicanos, entre as décadas de 1920 e 1930.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Article Details

Como Citar
ARAÚJO CLEMENTE, M. Lampião e o cangaço: Trajetórias de vida, histórias como flagelo (1920-1938). Escritas do Tempo, v. 2, n. 4, p. 108-132, 30 jun. 2020.
Seção
v. 2 n. 4 (2020) Dossiê: Biografias e Trajetórias: vidas por escrito
Biografia do Autor

Marcos Edilson Araújo Clemente, UFT - Campus de Araguaína

Doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2011) e Pós Doutorado pela Universidade de Coimbra (2017). Professor adjunto da Universidade Federal do Tocantins. Professor de Teoria da História do Programa de Mestrado em Ensino de História - ProfHistória - UFT/Araguaína. Coordenador do projeto de pesquisa - História Medieval entre textos e intertextualidades.

Referências

A PROVÍNCIA, Recife, 28 de janeiro de 1906.
CORREIO DO CEARÁ, Fortaleza, 17 de março de 1926.
CORREIO DE BONFIM, Senhor do Bonfim, BA, 1 de outubro de 1928.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Salvador, 14 de janeiro de 1929.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Salvador, 17 de março de 1931.
DIÁRIO DE NOTÍCIAS, Salvador, 23 de março de 1932.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, Recife, 21 de fevereiro de 1937.
DIÁRIOS ASSOCIADOS, Rio de Janeiro, 3 de agosto de 1938.
DIÁRIO DA NOITE, Rio de Janeiro, 22 de agosto de 1938.
JORNAL DA BAHIA, Salvador, 24 abril de 1931.
JORNAL A NOITE, Rio de Janeiro, 16 de agosto de 1938.
JORNAL O POVO, Fortaleza, 18 de fevereiro de 1966.
O CEARÁ, Fortaleza, 17 e 18 de março de 1926.
O CEARENSE. Fortaleza, 5 de janeiro de 1926.
O COMBATE, Parahyba do Norte, 30 de julho de 1927.
O CRUZEIRO, Rio de Janeiro, 2 de abril de 1932.
O CRUZEIRO, Rio de Janeiro, 5 março de 1932.
O CRUZEIRO, Rio de Janeiro, 20 de março de 1937.
RELATÓRIO - Chefe de polícia de Pernambuco, Recife, 1 de dezembro de 1919. APEJE - PE. Arquivos Permanentes. Fundo Secretaria Geral da Justiça.
SERGIPE JORNAL, Aracaju, 30 de julho de 1938.

Bibliografia
ARAÚJO, Germana Gonçalves de. Aparência cangaceira: um estudo sobre a aparição como aspecto de poder. Tese (Doutorado em Cultura e Sociedade), Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA, 2013.
ARAÚJO, Antônio Amaury Correia de. Lampião: as mulheres e o cangaço. São Paulo: Traço, 1985.
ALBUQUERQUE, Ulysses Lins de. Um sertanejo e o sertão - Moxotó brabo, três ribeiras: reminiscências e episódios do quotidiano no interior de Pernambuco. Belo Horizonte: Itatiaia, 1989.
AMARAL JÚNIOR, Amadeu. Conferencia realizada no dia 8 de maio de 1925. São Paulo.
BASTIDE, Roger. Brasil: Terra de contrastes. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1959.
BLOK, Anton. The Peasant and the Brigand Social Banditry Reconsidereded – Comparative Studies in Society and History: Londres: Cambridge University Press, 1972.
CASCUDO, Luís da Câmara. Flor dos Romances Trágicos. (1966). Rio de Janeiro/Natal: Livraria Editora Cátedra/Fundação José Augusto, 1982.
CHANDLER, Billy Jaynes. Lampião: o rei dos cangaceiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
HOLANDA, Firmino. Benjamin Abrahão. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000.
HOBSBAWM, E. J. Bandidos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.
______. Rebeldes primitivos: estudo sobre formas arcaicas de movimentos sociais nos séculos XIX e XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1970.
FONTES, Oleone Coelho. Lampião na Bahia. Petrópolis: Vozes, 1996.
FREYRE, Gilberto. Nordeste. Aspectos da influência da cana sobre a vida e a paisagem do Nordeste do Brasil. (1937). São Paulo: Global, 2004.
LEVINE, Robert. A Velha Usina: Pernambuco na federação brasileira (1889-1937). (1978). Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
LEWIN, Linda. The Oligarchical Limitations of Social Banditry in Brasil: the case of the good thief Antônio Silvino. Past and Present: 82, Février:1979.
LYRA, Roberto. O amor de Maria Bonita. Revista da Semana. Rio de Janeiro, 13 de agosto de 1938, ano XXXIX, Nº 36.
LIRA, João Gomes de. Lampeão: memórias de um soldado de volante. Prefeitura Municipal de Floresta: Floresta: Pernambuco, 1997.
MACEDO, Nertan. Sinhô Pereira: comandante de Lampião. Rio de Janeiro: Artenova S.A. 1975.
______. Floro Bartolomeu: o caudilho dos beatos e cangaceiros. Rio de Janeiro: Agência Jornalística Imagem, 1970.
MELLO, Frederico Pernambucano de. Guerreiros do sol: violência e banditismo no Nordeste do Brasil. São Paulo: A Girafa Editora, 2004.
NEGREIROS, Adriana. Maria Bonita: sexo, violência e mulheres no cangaço. Rio de Janeiro: Objetiva, 2018.
PANG, Eul-Soo. Coronelismo e oligarquias (1889-1934). A Bahia na Primeira República Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira:1979.
PROST, Antoine. Doze lições sobre a História. Belo Horizonte: Autêntica Editora: 2020 (Coleção História e Historiografia).
RAMOS, Graciliano (1962): Viventes das Alagoas quadros e costumes do Nordeste (obra póstuma). São Paulo: Martins Editora: 1961.
ROCHA, Melchíades da. Bandoleiros das Catingas (1940). Rio de Janeiro: Francisco Alves: 1988.
SLATA, Richard W. Bandidos: the varieties of Latin América banditry. United States of América- Greenwood Press: 1987.
SILVA, Rosendo Carneiro da. Entrevista realizada em Triunfo, PE, sob a coordenação da professora Aglae Lima de Oliveira. 14 e 16 de setembro de 1973.
VILLELA, Jorge Mattar. O povo em armas: violência e política no sertão de Pernambuco. Rio de Janeiro: Relume Dumará: Núcleo de Antropologia da Política/ UFRJ: 2004.
TAVARES, Luís Henrique. História da Bahia. (1959). São Paulo: Editora da UNESP: Salvador: EDUFBA, 2001.