O sabá oculto em "A orgia dos duendes" e a bruxa como o Outro
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v3.i9.2021.7184Palavras-chave:
História. Religiosidades coloniais. Literatura.Resumo
Este artigo tem como objetivo analisar o poema A orgia dos duendes (1865), de Bernardo Guimarães (1825-1884), evidenciando uma compilação do épico, dramático e o lírico, gestando o que alguns nomeiam de Gótico. O enredo do poema resgata o imaginário do Sabá europeu, tendo em vista que o personagem da bruxa é tema de vários textos da literatura norte-americana, e neste poema a tradição luso-brasileira se torna um compósito com o Novo Mundo. Nesse sentido, relacionamos o poema as discussões estabelecidas pela historiadora Laura de Mello e Souza em O diabo e a Terra de Santa Cruz (1986) e Inferno Atlântico (1993), ponderando a harmonização das tradições europeias e brasileiras, analisando as diversas tradições culturais e através de uma documentação multifacetada, reelaborando níveis culturais e no cruzamento de concepções e discursos, elaborou-se um modelo de feitiçaria colonial.
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Referências
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