Narrativas de mulheres sobre o passado da América: da exclusão histórica ao protagonismo ficcional
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v3.i8.2021.244262Palavras-chave:
Ressignificações do passado; narrativas de autoria feminina; romance histórico; personagens femininas; “descobrimento”, conquista e colonização da América.Resumo
A escrita da história, por séculos, foi reduto masculino, ocupado por privilegiados homens que tiveram acesso à instrução. Esses eram contratados pelo poder para registrar os eventos de cada reinado. Assim se deu na América, cujo passado foi escrito pelos conquistadores a serviço dos monarcas a quem serviam como cronistas. Tal configuração unilateral da história da América tem levado muitos romancistas americanos a revisitar o passado e a reescrever episódios marcantes de cada nação sob diferentes perspectivas. Essa releitura da história pela ficção é ainda mais significativa quando feita por uma das parcelas excluídas dos discursos oficiais, como é o caso das mulheres. Neste texto, verificamos como a escrita híbrida contemporânea de autoria feminina tem se ocupado do passado americano, conferindo-lhe inusitadas visões, múltiplas perspectivas e inquietantes possibilidades de leituras.
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