O diário de Anne Frank: violência e resistência

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Joyce Rodrigues Silva Gonçalves
https://orcid.org/0000-0003-4643-1810

Resumo

Este artigo se propõe analisar O diário de Anne Frank, de 1947, avaliando como a escrita de si, o diário íntimo, as memórias autobiográficas e a autoficção possibilitam a representação do sujeito mulher, em sua transição entre infância, adolescência e vida adulta, no contexto da Segunda Guerra Mundial, de modo individual, social e historicamente nos ambientes em que viveu Anne Frank. Os principais embasamentos teóricos desta proposta são textos que privilegiam a escrita do “eu” e do testemunho, especialmente as memórias traumáticas. Nesse sentido, são utilizadas como referências as proposições de Lejeune, Foucault, Derrida, Freud e Bosi. Na perspectiva cultural da escrita de mulheres são referências textos de Virginia Woolf.

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Como Citar
GONÇALVES, J. R. O diário de Anne Frank: violência e resistência. Escritas do Tempo, v. 4, n. 12, p. 221-245, 5 jan. 2023.
Seção
v. 4 n. 12 (2022) Dossiê: De Norte a Sul, a sombra do autoritarismo
Biografia do Autor

Joyce Rodrigues Silva Gonçalves, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Letras pelo Programa de Pós-graduação em Estudos Literários da UFMG, na área de concentração de Teoria da Literatura e Literatura Comparada, na linha de pesquisa Literatura, História e Memória Cultural. MESTRE em Letras/Literaturas de Língua Portuguesa pela PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS e Graduada em LETRAS PORTUGUÊS/INGLÊS pela mesma instituição. É professora efetiva da Universidade Federal de Minas Gerais, na carreira EBTT/CP.

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