O quadro de perseguição à feitiçaria no mundo português quinhentista através da produção dos discursos patriarcal e misógino
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v1.i1.2019.7298Palavras-chave:
Tribunal do Santo Ofício português; Século XVI; Unidade do gênero; FeitiçariaResumo
Este trabalho busca identificar e analisar como foram produzidos e difundidos os discursos morais, exarados por instâncias religiosas e civis, responsáveis diretamente pela sustentação de determinados padrões de masculinidade e de feminilidade que vigoraram de forma hegemônica no mundo português do século XVI. Para tanto serão analisadas as normas legais vigentes nesse contexto, como as Ordenações Manuelinas, além dos tratados morais e religiosos que contribuíram para a definição desses padrões. O Tribunal do Santo Ofício também será objeto de investigação, pois tratou-se de instância de poder que contribuiu decisivamente para a manutenção desses padrões ao intentar controlar as consciências religiosas dos católicos. A partir desses dois eixos, pretende-se investigar como a formatação do delito da feitiçaria nesse espaço foi acompanhado pelo processo de delimitação desses padrões, em que a figura da feiticeira representou a subversão de uma determinada ordem social.
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