Não falamos de Hitler: o silêncio da historiografia sobre o nazismo entre 1945-1960

Autores

DOI:

https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.3154

Palavras-chave:

Nazismo, Historiografia, Holocausto

Resumo

Com o fim do governo Nacional-Socialista em 1945, a Alemanha entrou em um período de reconstrução e reorganização que abrangeu todos os campos da vida social. Os primeiros anos após a Segunda Guerra foram caracterizados pela nova configuração política e pela orientação ideológica na adequação à Guerra Fria. No espaço acadêmico, esse período apresentou determinados aspectos da pesquisa do passado alemão, com repercussões políticas interferindo na forma como os historiadores analisavam e interpretavam o nazismo. O presente artigo busca observar as principais características da historiografia entre 1945 e 1960 com o objetivo de identificar a ausência de estudos sobre esse tema. Derivados da tendência em ignorar o passado recente para priorizar a reconstrução, os estudos escritos nesse período formavam uma exceção que demonstrava uma inclinação ideológica nas suas interpretações.

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Biografia do Autor

Gustavo Feital Monteiro, Universidade de Brasília

Doutorado em andamento em História pela Universidade de Brasília. Possui graduação em História pela Universidade de Brasília (2012) e mestrado em História pela Universidade de Brasília (2016). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Contemporânea, atuando principalmente nos seguintes temas: Nazismo, Fascismo, Totalitarismo, Antissemitismo, Holocausto, Segunda Guerra.

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Publicado

2022-12-26

Como Citar

MONTEIRO, . F. Não falamos de Hitler: o silêncio da historiografia sobre o nazismo entre 1945-1960. Escritas do Tempo, [S. l.], v. 4, n. 12, p. 31–54, 2022. DOI: 10.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.3154. Disponível em: https://periodicos.unifesspa.edu.br/index.php/escritasdotempo/article/view/1942. Acesso em: 24 nov. 2024.