Rússia, Ucrânia e União europeia: a construção da memória dos regimes autoritários do século XX e os limites da “justiça de transição”
DOI:
https://doi.org/10.47694/issn.2674-7758.v4.i12.2022.5579Palavras-chave:
Rússia, Ucrânia, União Europeia, Memória, Justiça de transiçãoResumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a relação entre a memória e a justiça transicional frente ao passado dos regimes autoritários europeus do século XX. A primeira parte consiste na análise, de um lado, de um conjunto de discursos e medidas memoriais de duas ex-repúblicas soviéticas, Rússia e Ucrânia; e, de outro, da repercussão destas entre a União Europeia e entidades afins, bem como resoluções em reação ou concordância. A segunda parte defende que as interações observadas na análise anterior resultam dos limites do conceito de “justiça de transição” no espaço pós-soviético. Para tanto, reconstitui a historicidade deste através de iniciativas institucionais de revisão do passado adotas durante o período soviético, pela Perestroika. Com o propósito de situar historiograficamente os casos estudados, o artigo começa pelas discussões sobre regimes de historicidade e memória que os permeiam.
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