Maria Bonita de Tocantinópolis: história de vida de uma mãe-de-santo do Norte Tocantinense
Palavras-chave:
história de vida, biografia, personagem etnográficoResumo
A investida deste trabalho se dá sobre Maria do Rosário, mais conhecida como Maria Bonita, mãe-de-santo pertencente à tenda São Jorge Guerreiro, moradora da cidade de Tocantinópolis, natural de Serra da Cinta – MA. Esta carrega consigo uma gama de narrativas míticas, onde aparecem personagens das sessões de cura da tenda em questão. Me interessa saber como Caboclos, Orixás e Pombagiras influenciam a construção da identidade (história de vida) desta personagem. Na literatura antropológica pouco se falou sobre esses encantados da região Norte. O foco central dessa pesquisa é apresentar um estudo da história de vida de Maria Bonita, que além de mãe-de-santo é vista como benzedeira, parteira, curandeira e filha dedicada aos encantados; entretanto sua trajetória é marcada pelo contraditório, são momentos de descrença e solidão, apesar da ajuda de companheiros invisíveis.
Downloads
Referências
AUGRAS, Monique. O duplo e a Metamorfose: A identidade mítica em comunidades nagô. Petrópolis – RJ: Editora Vozes, 1983.
BARROS, Rachel Rocha de Almeida. O filho de uma rainha – reflexões sobre parentesco ritual e seus paralelos com a vida terrena. Disponível em: https://docplayer.com.br/25296558-O-filho-de-uma-rainha-reflexoes-sobre-parentesco-ritual-e-seus-paralelos-com-a-vida-terrena.html.
BASTIDE, Roger. O sagrado Selvagem. Revista Caderno de Campo, v. 2, n. 2, 1992. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/cadernosdecampo/article/view/40311/43196.
BOYER-ARAUJO, Veronique. “Macumbeiras” e “crentes”: as mulheres veem os homens. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, PPGAS, p. 131-142, 1995.
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Os Deuses do Povo: um estudo sobre religião popular. São Paulo: Brasiliense, 1986.
DEBERT, Guita G. Problemas relativos à história de vida e história oral. In: CARDOSO, Ruth (Org.) A Aventura Antropológica: teoria e pesquisa. 4ª Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
FERRETI, Mundicarmo Maria Rocha. Desceu na Guma: o Caboclo no Tambor de Mina no processo de mudança de um terreiro de São Luís – A casa Fanti-Ashanti, São Luís-MA: Sioge, 2000.
GOLDMAN, Marcio. A construção ritual da pessoa: a possessão no Candomblé. Religião e Sociedade, São Paulo, v. 1, n. 12, p.22-54, ago. 1985.
LEVI, Giovanni. Os usos da biografia. In: AMADO, Janaína; FERREIRA, Marieta de Moraes (Org.). Usos e abusos da história oral. Rio de Janeiro: Editora da FGV,1998. p. 167-182
LIMA, Ivan Costa; SILVA, Jaqueline Dayane C. da; SINDEAUX, Juliana Barbosa. Mulheres de Terreiro em Marabá: suas falas e representações. Anais da V REA – Reunião Equatorial de Antropologia, Maceió – AL, jul. 2015.
VILLACORTA, Gisela Macambira. “Pajelança e encantaria amazônica”. In: PRANDI, Reginaldo (org.). Encantaria brasileira: o livro dos mestres, caboclos e encantados. - Rio de Janeiro: Pallas, 2002. p. 20-45.
RABELO, Miriam. A possessão como prática: esboço de uma reflexão fenomenológica. Mana, Rio de Janeiro, v. 14, n. 1, p. 87-117, abr. 2008.
ROSA, João Guimarães. Grande Sertão: Veredas. São Paulo: Nova Aguilar, 1994.
SCAMPA, Pe. Carmelo Di Gregorio. Dom Cornélio Chizzini. Diocese de Tocantinópolis – TO, 1991.
SODRÉ, Jaime. Da Diabolização à Divinização: a criação do senso comum. Salvador: EDUFBA, 2010.
VENÂNCIO, Sariza Oliveira Caetano. Tenda Espírita Umbandista Santa Joana d’Arc: a Umbanda em Araguaína. 2013. 200p. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Universidade Federal do Maranhão. São Luís: CPGCS/UFMA.
______; ARRUDA, Mayane Rumão de Souza. Fazer-se mãe de santo: uma trajetória espiritual de Maria Luiza da Conceição. In: SILVA, Idelma Santiago... et al (Org.) Mulheres em perspectiva: trajetórias, saberes e resistências na Amazônia Oriental. Belém: Paka-Tatu, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.